Política

Carlos do Carmo: Amigos do Fado realçam “legado inspirador” para novos fadistas

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 01-01-2021

Carlos do Carmo, que morreu hoje, aos 81 anos, deixa um “legado inspirador para os novos fadistas, nomeadamente pelo seu cuidado na escolha de autores”, disse a presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, Julieta Estrela.

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“Homem de grande cultura e vivência fadista, Carlos do Carmo marcou gerações e definiu um perfil artístico pautado por um grande cuidado na escolha de repertório”, afirmou.

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Julieta Estrela de Castro recordou a participação do fadista nas Jornadas de Fado, em 2004, organizadas pela associação da qual Carlos do Carmo foi sócio.

Nascido no meio fadista, Carlos do Carmo “tinha um enorme respeito pela arte que procurou sempre dignificar”, rematou.

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Carlos do Carmo morreu hoje aos 81 anos no hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse o filho Alfredo do Carmo à Lusa.

Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, Carlos do Carmo era filho da fadista Lucília do Carmo (1919-1998) e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, em Lisboa, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística em 1964.

Vencedor do Grammy Latino de Carreira, que recebeu em 2014, o seu percurso passou pelos principais palcos mundiais, do Olympia, em Paris, à Ópera de Frankfurt, do ‘Canecão’, no Rio de Janeiro, ao Royal Albert Hall, em Londres.

Despediu-se dos palcos no passado dia 09 de novembro de 2019, com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

A publicação do seu derradeiro álbum, “E Ainda?”, prevista para o passado mês de novembro, foi anunciada hoje, para este ano, pela discográfica Universal.

Neste disco, Carlos do Carmo canta também Herberto Helder, Sophia de Mello Breyner Andresen, Hélia Correia, Júlio Pomar e Jorge Palma, que junta aos poetas do seu repertório.

“No Teu Poema”, “Um Homem na Cidade”, “Flor de Verde Pinho”, “Os Putos”, “Canoas do Tejo”, “Lisboa, Menina e Moça”, “Bairro Alto”, “Por Morrer uma Andorinha”, “Fado do Campo Grande” ou “Fado da Saudade”, com o qual ganhou um Prémio Goya, em Espanha, foram alguns dos seus êxitos.

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