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Capítulo da Confraria da Lampantana entronizou novos Caçoilos

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 22-05-2019

Realizou-se no dia 19 de maio o II Capítulo da Confraria da Lampantana, que ficou marcado pela entronização de novos Caçoilos Efetivos e Caçoilos de Honra, e a assinatura de dois protocolos.

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Além da confraria anfitriã, estiveram representadas 42 confrarias oriundas de norte a sul do país, além de uma confraria dos Açores (Queijo de São Jorge).  

As cerimónias tiveram início às 9:30 com a receção de boas vindas às confrarias no Espaço Museológico “Raízes e Memórias” da Marmeleira, onde foi servido um pequeno-almoço tradicional composto por sardinhas com capa, rojões, bôla de carne, queijo, Bolo de Cornos, azeitonas, pão caseiro acabado de sair do forno de lenha. Os confrades aproveitaram para conhecer este espaço que recria os usos e costumes de outrora, as atividades e ofícios tradicionais do final do século XIX e início do século XX.

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Daqui os confrades seguiram para o Centro de Animação Cultural, onde decorreu a Cerimónia Capitular.

Foram entronizados 40 novos Caçoilos Efetivos e 8 Caçoilos de Honra (Câmara Municipal e as sete Juntas de Freguesia do concelho), que prestaram o juramento solene de lealdade perante o Caçoilo Mestre. Já empossados, os novos “Caçoilos e “Caçoilas” receberam as Insígnias e o Diploma.

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Na qualidade de anfitrião, o presidente da Câmara Municipal, Júlio Norte, que é também Caçoilo Mestre, deu as boas vindas a todas as confrarias, e referiu que era um gosto receber um tão significativo número de confrarias que representam uma boa parte da tradição gastronómica portuguesa, o que de melhor Portugal tem na sua gastronomia.

Dirigiu uma palavra especial para a Olga Cavaleiro, presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, agradecendo a sua presença, o seu apoio, e a forma como se tem empenhado na defesa, preservação e dignificação da nossa gastronomia.

Agradeceu também à Direção da Confraria, na pessoa do seu presidente, Carlos Jorge, todo o trabalho que tem desenvolvido em prol da divulgação e promoção do produto ex-libris do concelho. Júlio Norte referiu que a gastronomia é um dos fatores que diferencia a oferta turística e atrai turistas de todo o mundo, e lembrou que a Região de Coimbra será Capital Europeia da Gastronomia em 2021. “É uma grande responsabilidade e uma oportunidade única de promovermos a região como destino gastronómico. É um projeto que nos deve unir a todos”, vincou.

A presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Olga Cavaleiro, dirigiu cumprimentos a todas as Confrarias ali representadas e um cumprimento especial à Confraria de Mortágua. Salientou a amizade, a disponibilidade e o diálogo que sempre encontrou no Município de Mortágua, desde o início do processo de criação da Confraria.

Chamou a atenção da responsabilidade das confrarias na promoção dos territórios e para a importância de “qualificar os produtos, as matérias-primas utilizadas, de qualificar e definir o saber-fazer”, bem como de qualificar a oferta. Olga Cavaleiro saudou a integração da Confraria da Lampantana na Federação. “Só posso ficar feliz, porque esta Confraria orgulha-nos pelo trabalho que tem desenvolvido”.

Na cerimónia foram ainda assinados dois protocolos, um entre a Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas e a Confraria da Lampantana, que formalizou a integração desta Confraria como associado daquela entidade.

A deliberação tomada pelo Conselho Diretivo da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, representa um reconhecimento do trabalho desenvolvido, ao mesmo tempo traz mais responsabilidade na defesa da gastronomia portuguesa e em especial da Lampantana.

O outro protocolo foi assinado entre a Câmara Municipal e a Confraria, traduziu-se na cedência do edifício do antigo Jardim de Infância de Vila Meã (propriedade do Município) para sede da Confraria da Lampantana.  

Após a cerimónia solene, as confrarias desfilaram do Centro de Animação Cultural até à Praça do Município, enchendo as ruas de colorido com os seus trajes e estandartes. À chegada à Praça do Município, a confraria anfitriã ladeou a entrada das confrarias convidadas. As escadarias dos Paços do Concelho serviram de enquadramento para a foto de família.

Estava na hora do almoço, servido na Quinta do Recanto, onde o prato obrigatório foi (adivinhe-se)…Lampantana!. Todos os confrades visitantes, em particular os que ainda não conheciam a Lampantana, mostraram-se agradados e enalteceram a sua qualidade e sabor.

Este segundo Capítulo terminou com a entrega de lembranças do concelho a cada uma das Confrarias, as quais também retribuíram o gesto.

A Confraria da Lampantana foi fundada a 7 de março de 2018. É uma associação sem fins lucrativos, com personalidade jurídica, e tem a finalidade de promover a Lampantana no país e no estrangeiro, enquanto património gastronómico local, realçando o seu significado histórico, o seu interesse cultural, turístico, económico; promover a divulgação, investigação e preservação deste património gastronómico nos seus variados aspetos (receituário, modo de confeção tradicional, produtos usados, relações com a arte popular, história, usos e costumes das populações); zelar pela sua autenticidade; bem como organizar a realização de eventos, encontros gastronómicos, ou apoiar iniciativas, que contribuam para promover este ex-libris da gastronomia de Mortágua.

 

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