Coimbra

Cantanhede vai ter em Febres um Núcleo Museológico do Ourives Ambulante

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 14-04-2021

A freguesia de Febres, concelho de Cantanhede, vai ter um Núcleo Museológico do Ourives Ambulante com o objetivo de “perpetuar a história dos ourives ambulantes dos relojoeiros e conserteiros de joalheira e relojoaria da região da Gândara”.

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A Câmara de Cantanhede atribuiu à Junta uma verba de 284 mil euros para reabilitar o imóvel que vai ser criado no edifício adjacente à sede da freguesia.

A obra terá um prazo de 240 dias e tem o intuito de prestar “homenagem às sucessivas gerações” de ourives ambulantes dos relojoeiros e conserteiros de joalheira e relojoaria, lê-se em nota enviada à agência Lusa.

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O projeto será da autoria da arquiteta Anabela Neto, que considera que, apesar da atual construção não ter “características particularmente interessantes, pretende preservar a sua memória das diversas utilizações de caráter social que teve ao longo do tempo e que fazem parte da memória coletiva da gente de Febres”.

De acordo com Anabela Neto, a obra procurou recriar “o que se pensa ser a construção original e, por outro, procurou-se dotar o edifício de um caráter diferente, surpreendente e inovador”.

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O exterior do edifício vai ter uma estrutura metálica com painéis de aço, “apresentando um grafismo desenhado com a simbologia da temática do núcleo museológico”.

O Núcleo Museológico do Ourives Ambulante terá um caráter “específico e bastante diferenciador” com o intuito de abrir “caminho ao desenvolvimento de um segmento da história da região que está um pouco esquecida e que precisa ser revitalizada”, refere aquele município do distrito de Coimbra.

De acordo com a nota, o projeto tem uma função retrospetiva e outra prospetiva.

A função retrospetiva diz respeito à noção tradicional com a “parte integrante da vida e cultura dos ofícios dos Serradores braçais que deram seguimento aos ourives ambulantes, relojoeiros, conserteiros e agora também designers”.

Uma função prospetiva enquanto “instalação viva e dinâmica que deverá contribuir como mais um polo potenciador e dinamizador de atividade cultural da freguesia, do concelho, da região e do país”.

A iniciativa, que pretende mostrar o passado com os olhos postos no futuro, deve, por isso, “reatualizar o passado, sem demagogias, condição fundamental para a construção de um futuro de progresso e qualidade, com responsabilidade”.

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