A Câmara Municipal de Cantanhede, no distrito de Coimbra, estima que sejam investidos no concelho, este ano, mais de 187 milhões de euros (ME), em função dos pedidos de investimento empresariais.
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“Para 2023 está prevista a contratualização da venda de terrenos para instalação e/ou ampliação de mais empresas nas zonas industriais de Cantanhede, Febres e Tocha, sendo que o valor global desses investimentos, segundo as estimativas avançadas pelas próprias empresas, ascende a mais de 187 milhões de euros”, revelou à agência Lusa, o município de Cantanhede.
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De acordo com os números avançados pelas próprias empresas, será possível empregar cerca de 1.200 pessoas a curto prazo e entre 2.000 e 2.200 postos de trabalho, até 2025.
Já no ano de 2022, a Câmara Municipal contratualizou a venda de lotes a 15 empresas, algumas ainda em processo de instalação, correspondente a um valor global de investimentos na ordem dos 100 milhões de euros.
Questionada pela agência Lusa, a autarquia referiu que a procura por parte das empresas tem “aumentado bastante”, pelo que tem vindo a negociar a aquisição de terrenos para ampliação das zonas industriais, no sentido de satisfazer essa procura.
“Tem havido um forte comprometimento dos serviços com os objetivos estabelecidos pela autarquia a esse nível, mas há processos de aquisição de terrenos que, pela sua complexidade, não permitem avançar com a celeridade que gostaríamos”, lê-se.
Além das empresas previstas para as zonas industriais de Cantanhede, Febres e Tocha, várias outras solicitaram a reserva de terrenos, “havendo ainda negociações com algumas que pretendem ampliar instalações”.
A Zona Industrial da Tocha tem mais de 75% da sua capacidade de instalação ocupada, estando neste momento a ser estudada a possibilidade de ampliação e a zona industrial de Febres tem todos os lotes comprometidos, no entanto, a Câmara está a proceder à aquisição de mais terrenos.
Mas a zona industrial de Cantanhede é aquela suscita “maior procura”, o que explica a “alteração do Plano de Urbanização empreendida pela Câmara Municipal, alteração essa que terá agora sequência com a aquisição de mais terrenos para constituição de mais lotes industriais”.
A Câmara Municipal de Cantanhede admite investir cerca de seis milhões de euros em infraestruturas nas zonas industriais de Cantanhede, de Febres e da Tocha.
“A estratégia é continuar a investir na ampliação das zonas industriais e atrair empresas que contribuam para acentuar a rentabilização das cadeias de valor do concelho, tanto quanto possível de setores de elevado valor acrescentado, mas cuidando igualmente de garantir a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade ambiental”, sublinhou.
O município deu ainda nota de que o regime de minifúndio, que domina a propriedade na região, e a circunstância de haver terrenos cujos proprietários é difícil de identificar, além de outros que pertencem a vários herdeiros “dificultam imenso os processos de ampliação e a constituição de lotes”.
A Câmara Municipal tem procurado ultrapassar estas situações “o mais rapidamente possível, ao mesmo tempo que está a trabalhar na revisão do Plano Diretor Municipal e na alteração de outros instrumentos de planeamento territorial, de modo que estes possam acomodar o crescimento das zonas industriais nos termos em que a autarquia pretende fazê-lo”, concluiu.
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