Política

Candidato presidencial António Filipe diz que criar estruturas avulsas pode não ser boa ideia

Notícias de Coimbra com Lusa | 12 minutos atrás em 26-11-2025

O candidato presidencial António Filipe defendeu hoje que pode não ser uma boa ideia criar estruturas avulsas dirigidas a um determinado setor, quando já existem entidades responsáveis pelo combate à criminalidade e à fraude em geral.

“Creio que estarmos a criar estruturas avulsas dirigidas a um determinado setor pode não ser boa ideia”, destacou.

À entrada do Hospital dos Covões, em Coimbra, onde os jornalistas foram impedidos de entrar, António Filipe referiu que a multiplicação de estruturas e a sobreposição a outras que são legalmente competentes “nem sempre é boa ideia”.

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“Nada contra o combate à fraude, obviamente, creio que o combate à fraude em todas as áreas da vida em sociedade deve ser uma prioridade, mas creio que se pode estar aqui a criar um certo anátema em torno do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, acrescentou.

A Comissão de Combate a Fraude no Serviço Nacional de Saúde será presidida por um magistrado e terá elementos permanentes da Polícia Judiciária, da Inspeção Geral da Saúde e das Finanças e do Infarmed, segundo a resolução hoje publicada em Diário da República.

O nome do magistrado que presidirá à comissão terá ainda de ser aprovado em Conselho de Ministros, mas o Jornal de Notícias escreve hoje que será o juiz Carlos Alexandre, que conduziu processos polémicos como a Operação Marquês ou o caso BES.

“Não negando que há casos que têm vindo a ser referidos e a ser detetados, mas esses casos devem ser investigados, devem ser criadas no âmbito da administração pública, como aliás a lei prevê, formas de combate à corrupção”, afirmou António Filipe.

Sobre nomeação do juiz Carlos Alexandre, o candidato presidencial, apoiado pelo PCP, disse que vai aguardar para ver que resultados produzirá.

“Podemos seguir com atenção, mas à partida nós já tivemos casos de estruturas ‘ad hoc’, relacionadas com determinados setores, que depois acabaram por ser abandonadas por se verificar normalmente a sua inutilidade. Mas, enfim, vamos ver”, concluiu.

Além de António Filipe (apoiado pelo PCP), anunciaram as suas candidaturas Luís Marques Mendes (apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Henrique Gouveia e Melo, Catarina Martins (apoiada pelo BE), João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), e Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), entre outros.

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