Coimbra

Candidato José Pedro Paiva quer mais formação interdisciplinar na Universidade de Coimbra

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 19-01-2019

O candidato a reitor José Pedro Paiva pretende alargar a possibilidade de “menores2, que implementou na Faculdade de Letras a toda a Universidade de Coimbra, caminhando para uma formação cada vez mais interdisciplinar.

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“A ideia de menores [obter uma formação complementar de outra licenciatura] é muito interessante, sendo que a formação interdisciplinar para todos os jovens é uma via de futuro. Fala-se muito da necessidade da interdisciplinaridade para resolver os problemas do mundo, mas as formações têm uma forma, por vezes, muito monodisciplinar”, disse hoje à agência Lusa o diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e candidato a reitor José Pedro Paiva.

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Nesse sentido, entende que a reforma da oferta formativa que levou a cabo na faculdade que dirige (a possibilidade de um aluno de uma licenciatura tirar um menor noutra) deva ser alargada à maioria dos cursos daquela instituição do ensino superior.

“Precisamos de tornar a nossa oferta formativa diferenciada, mais aliciante”, acrescentou José Pedro Paiva.

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Para o candidato a reitor, essa diferenciação da oferta formativa terá de ser uma das soluções para garantir uma universidade mais atrativa para os estudantes de forma a combater um dos maiores desafios: “o declínio demográfico”.

Para lidar com esse desafio, José Pedro Paiva entende que é necessário continuar a apostar no recrutamento de estudantes internacionais, assim como desenvolver “campanhas mais ativas da divulgação” da Universidade de Coimbra (UC) nas escolas secundárias.

O diretor da FLUC propõe-se também trabalhar para construir uma “universidade de investigação”, que se relacione com a cidade e com a região e que trabalhe na transferência do conhecimento para a sociedade, sem esquecer a necessidade de prosseguir “um esforço de internacionalização”.

Em declarações à agência Lusa, José Pedro Paiva afirmou ainda que não vê a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) como “um dos grandes problemas” no ensino superior, referindo que não vai “dar passos no sentido” de este ser revisto.

Quanto à composição dos órgãos de gestão da universidade, gosta do atual modelo, que considera “relativamente equilibrado”, apesar de poder necessitar de algumas “afinações”.

O candidato mostra-se ainda contra a passagem da UC ao regime fundacional e defende a necessidade de se acabar com as propinas – decisão que tem de ser acompanhada por um reforço das transferências do Orçamento do Estado, defende.

O atual vice-reitor Amílcar Falcão, o docente e investigador na área da inteligência artificial Ernesto Costa e a astrónoma brasileira Duília Fernandes de Mello são os outros candidatos a reitor.

As eleições para reitor da Universidade de Coimbra para o mandato 2019-2023 vão decorrer numa reunião plenária do Conselho Geral, a 11 de fevereiro, havendo a 04 do mesmo mês uma audição pública dos candidatos e uma segunda sessão, apenas para membros do Conselho Geral, no dia seguinte.

O Conselho Geral da Universidade de Coimbra é constituído por 18 representantes dos professores e investigadores, cinco estudantes, dois trabalhadores não docentes e não investigadores e dez elementos externos à instituição.

O atual reitor, João Gabriel Silva, cumpre em 2019 o seu segundo mandato à frente da Universidade de Coimbra.

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