O candidato da CDU (coligação PCP/PEV) à Câmara de Coimbra, Francisco Queirós, assumiu hoje que, caso seja eleito no próximo domingo, pretende travar o alojamento local, bem como os estúdios que proliferam no centro da cidade.
“Há que exigir do Estado uma outra política no âmbito da habitação e a nível local travar o alojamento local e também os estúdios que proliferam no centro de Coimbra”, destacou.
O candidato da CDU, que atualmente tem funções de vereador com pelouros na Câmara de Coimbra, participou, esta manhã, numa ação de campanha na Feira dos 7, em Bencanta, São Martinho do Bispo.
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Para além de se cruzar com as comitivas de outras campanhas, enquanto percorreu o recinto da feira foi ouvindo preocupações relacionadas com a questão da habitação.
Em declarações à agência Lusa, Francisco Queirós defendeu que a habitação é um problema que tem de ter resolução nacional, no entanto, acredita que a nível local é possível contribuir para minorar “um dos problemas mais graves do país nesta altura”.
“Num país com apenas 2% de habitação pública há que construir mais, há que apoiar estruturas como, por exemplo, as cooperativas de habitação. As câmaras têm um papel, nomeadamente cumprir as estratégias locais de habitação e no caso de Coimbra há uma estratégia que prevê a criação de 826 habitações que é, portanto, necessário levar avante”, sustentou.
De acordo com o candidato, Coimbra tem a Cooperativa do Mondego, que é “bastante pujante”, num setor que vê como fundamental.
“Em Coimbra há milhares de pessoas que vivem em habitações construídas por cooperativas de habitação, no entanto, nos últimos anos não têm sido apoiadas”, alegou.
No seu entender, é ainda necessário exigir, a utilização para fins públicos, quer para residências estudantis ou para habitação a preços acessíveis, dos “muitos edifícios do Estado que se encontram devolutos e a estragarem-se, que podiam perfeitamente servir para a habitação pública”.
“Apoiando as cooperativas, utilizando-se os edifícios públicos, cumprindo a estratégia local de habitação com as verbas do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] – no caso de Coimbra há 40 milhões para esse efeito. Há que cumprir esse programa, essas verbas dos 40 milhões para a habitação”, concluiu.
Além de Francisco Queirós, pela CDU, são candidatos, nas eleições do próximo domingo, à Câmara de Coimbra o atual presidente José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/MPT/Volt), a ex-ministra Ana Abrunhosa , pela coligação Avançar Coimbra (PS/L/PAN), o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, Maria Lencastre Portugal, pelo Chega, Sancho Antunes, pelo ADN, e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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