O candidato da CDU à Câmara de Coimbra defendeu hoje a criação de uma estrutura municipal que dê apoio às associações e instituições particulares de solidariedade social (IPSS), que têm dificuldade a responder a candidaturas.
“A Câmara não tem uma estrutura que dê apoio, nomeadamente quando um conjunto de associações concorrem, no âmbito dos protocolos, quer do associativismo desportivo, quer do associativismo cultural, quer a apoios ocasionais, e ficam completamente à deriva”, afirmou Francisco Queirós, que falava à agência Lusa após uma reunião com o Centro de Bem Estar Social (CEBES) de Brasfemes.
Na reunião, aquela instituição deu nota de falta de apoio por parte da Câmara de Coimbra e da Junta de Freguesia, contou o vereador eleito pela CDU (PCP/PEV), vincando que entidades como aquela têm “um papel importantíssimo” nas zonas mais periféricas do concelho.
Essas associações e IPSS queixam-se da “complexidade na obtenção desses apoios e, mesmo assim, em situações muito pontuais, porque de facto não têm visto de parte da Câmara qualquer reconhecimento do trabalho que fazem”, afirmou.
Para Francisco Queirós, é necessária uma estrutura permanente na Câmara que ajude estas instituições, que várias vezes “têm enorme dificuldade em corresponder ao próprio processo de candidaturas” a apoios.
“A Câmara tem de ter disponível, dentro da sua orgânica interna, um gabinete de apoio ao associativismo, às IPSS, para inclusivamente mediar a relação de todas estas associações com outro tipo de estruturas públicas e não só”, acrescentou.
O candidato pela CDU notou também a falta de oferta de residências para idosos no concelho, bem como de centros de dia e creches, dando conta de que um dos projetos da CEBES é uma creche.
“Nós temos uma carência enorme deste apoio à população de Coimbra. Não podemos fixar população jovem em Coimbra se depois os problemas de habitação são o que são, se os problemas de mobilidade são o que são e se, por exemplo, não há creches para as crianças que os jovens anseiam ter”, notou.
Para Francisco Queirós, a oferta de creches “é uma responsabilidade do Estado central”, mas há “um papel complementar das autarquias e que a autarquia de Coimbra não tem sido capaz de cumprir”.
Além de Francisco Queirós, são candidatos às eleições de 12 de outubro o atual presidente da Câmara pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/MPT/Volt), José Manuel Silva; a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN); o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Maria Lencastre Portugal, pelo Chega; Sancho Antunes, pelo ADN; e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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