A Canção de Coimbra, frequentemente associada ao Fado de Coimbra, continua a afirmar-se como uma expressão musical única, profundamente enraizada na tradição académica e cultural da cidade.
Com origens que remontam ao século XVI, este género distingue-se do Fado de Lisboa pelo seu caráter de serenata, tradicionalmente interpretado em ruas e praças à noite, evocando sempre amor, saudade e ligação à Academia. A guitarra portuguesa de Coimbra, maior e afinada um tom abaixo da versão lisboeta, com voluta em forma de lágrima, é um dos símbolos mais icónicos deste estilo musical.
Ao longo do século XX, a Canção de Coimbra foi marcada por grandes nomes como Edmundo Bettencourt, António Menano, José Afonso, Luiz Goes, Fernando Machado Soares e Adriano Correia de Oliveira, que enriqueceram e diversificaram o repertório, incluindo composições de caráter social e político, sem perder a essência nostálgica do género.
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Tradicionalmente interpretada por estudantes da Universidade de Coimbra, a música mantém rituais como o uso da capa académica, símbolo da ligação entre a canção, a cidade e o espírito académico. Hoje, a Canção de Coimbra evoluiu para o que se conhece como Canto e Canção de Coimbra, mantendo viva a tradição em eventos como a Serenata Monumental da Queima das Fitas, pode ler-se no site Visit Coimbra.
A internacionalização da Canção de Coimbra foi recente, mas marcante: em Coimbra, durante um concerto dos Coldplay, mais de 200 mil pessoas acompanharam o vocalista Chris Martin a interpretar a célebre letra “Coimbra tem mais encanto, na hora da despedida”, popularizada por Amália Rodrigues, reforçando a projeção mundial deste património musical.
Mais do que música, a Canção de Coimbra representa uma voz da tradição, da cultura e da história académica da cidade, perpetuando séculos de memória e emoção através de cada acorde e verso.
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