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Camões no Seminário de Coimbra. Com direito a banquete temático!

Notícias de Coimbra | 1 semana atrás em 09-05-2024

Manjares, vinhos e a ideia camoniana de redenção vão estar presentes num jantar temático de homenagem ao poeta em Coimbra, no dia 17, antecedido de uma conferência intitulada “O banquete de Camões”.

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Integrada nas comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões (1524-1580), trata-se de mais uma edição da iniciativa “Sabores da Escrita”, no Seminário Maior de Coimbra, que começa às 20:00 com a palestra proferida pelo professor universitário José Augusto Bernardes.

Autor da obra “A Oficina de Camões. Apontamentos sobre Os Lusíadas”, publicada em 2022 pela Imprensa da Universidade de Coimbra, o docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) “vai falar sobre este nome ímpar da cultura portuguesa”, informou hoje a Câmara Municipal.

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No livro, o autor “dedica um capítulo aos ‘altos manjares, excelentes vinhos odoríferos e a ideia camoniana de redenção’ e faz menção à dívida de D. António, senhor de Cascais, para com o poeta, de ‘seis galinhas recheadas por uma cópia que lhe fizera’, focando que Camões apenas recebeu meia galinha”.

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“O poeta, contudo, não se deixa iludir por este princípio e recorda a dívida que fica em aberto (…): ‘Cinco galinhas e meia deve o senhor de Cascais e a meia vinha cheia de apetitos para as mais’”, escreve José Augusto Bernardes, cuja obra é citada pela autarquia num comunicado enviado à agência Lusa.

Desta vez, o evento “Sabores da Escrita” evoca o episódio “Ilha dos Amores”, descrito em “Os Lusíadas”, no qual Camões apresenta “um conjunto de estâncias, anormalmente extenso e complexo, em que se representa a ideia de felicidade plena”.

“Depois da consumação amorosa, que ocorre após o desembarque, lusitanos e ninfas sentam-se, aos pares, numa mesa presidida por Vasco da Gama e pela deusa Tétis. As iguarias que são servidas e o efeito invulgar que provocam nos comensais serão objeto de descrição e análise”, refere a nota.

Porém, ressalva a organização, “os ‘efeitos invulgares’ só o poeta os consegue descrever”.

“É precisamente com galinha recheada com espargos que os comensais vão ser presenteados no banquete (…), em que há também caldo de peixe e, como antepasto, pão, picado de vaca, desfeito de carneiro, peixes de molho e escabeche de pescado”, com cada um a pagar 22,50 euros, o que carece de prévia inscrição pelo correio eletrónico: dct@cm-coimbra.pt.

Para fechar o jantar temático, que conta com animação cénica do grupo Almanach, haverá “biscoitos com conserva de doces e outros manjares”, bem como “vinhos odoríficos”, malvasia neste caso.

A iniciativa “Sabores da Escrita” é organizada pela Divisão de Bibliotecas e Arquivo Histórico da Câmara de Coimbra, em parceria com a FLUC, através do DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia e do doutoramento em Patrimónios Alimentares – Culturas e Identidades, e com o Seminário Maior da cidade.

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