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Camionista tentou salvar Diogo Jota e o irmão: “Peguei no extintor e tentei ajudar, mas era impossível”

Imagem: DR
O camionista que filmou o Lamborghini em que seguiam os irmãos Diogo Jota e André Silva em chamas, após o trágico acidente na A52, em Zamora (Espanha), veio a público explicar a sua versão dos acontecimentos.
Num vídeo de quatro minutos, Azevedo José assegura que tentou prestar auxílio, usando o extintor do camião, mas nada pôde ser feito devido à violência do impacto. “Peguei no extintor e tentei ajudar, mas já era impossível”, disse visivelmente emocionado.
O vídeo do carro a arder tornou-se viral nas redes sociais, e o camionista acabou por ser acusado de não ter prestado assistência. Azevedo nega as críticas: “Não sou esse tipo de pessoa. Tentei socorrer, mas infelizmente nada podia ser feito.”
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Além de relatar o momento dramático, o camionista desmente também a hipótese de excesso de velocidade, sugerida no relatório preliminar da investigação. “Tenho a certeza de que não iam em excesso de velocidade. Passaram por mim super tranquilos. Eu faço esta estrada todos os dias, conheço bem a zona”, garantiu.
O acidente, que aconteceu no dia 3 de julho, tirou a vida a Diogo Jota, de 28 anos, jogador de futebol com carreira internacional, e ao irmão André Silva, de 25. O veículo incendiou-se após um possível rebentamento de pneu durante uma ultrapassagem. Ambos viajavam do Porto em direção a Santander, de onde pretendiam seguir de ferry para Inglaterra. Diogo tinha sido desaconselhado a viajar de avião por motivos de saúde.
A tragédia abalou o mundo do desporto e deixou uma família devastada: Diogo, o irmão mais velho, tinha casado apenas dez dias antes e era pai de três filhos.
Azevedo José diz agora querer apenas que a verdade seja reposta e que a memória das vítimas seja respeitada: “Têm a minha palavra. Não estavam a fazer nada de errado.”
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