O presidente da Câmara Municipal de Coimbra disse hoje que Coimbra quer afirmar-se como uma cidade modelo no setor dos transportes, contribuindo significativamente para isso a concretização do Metro Mondego, um projeto “aguardado há mais de 30 anos”.
“Coimbra quer afirmar-se como uma cidade modelo no setor dos transportes, aberta à implementação de um conjunto de medidas e ações que contribuam de forma efetiva para a alteração do paradigma da mobilidade urbana, em linha com os compromissos assumidos no Acordo de Paris e com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030, consubstanciados a nível nacional no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050”, sustentou José Manuel Silva.
Durante a cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada de construção da futura Linha do Hospital, na cidade de Coimbra, que ligará a zona da Avenida Aeminium ao Hospital Pediátrico, no âmbito do projeto de criação do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), o autarca destacou a importância da concretização do Metro Mondego, “um projeto que Coimbra e a sua região aguardavam há mais de 30 anos”.
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“Todavia, precisamos de mais e queremos mais, naturalmente. Precisamos que a Alta Velocidade sirva diretamente a cidade, como agora está previsto, e de um novo projeto para a Estação de Coimbra B, que vá muito além de um mero ‘lifting’ e que orgulhe, dignifique e requalifique a cidade”, acrescentou.
Ao longo da sua intervenção, apontou ainda a necessidade de construção de uma estação intermodal, “que integre de forma articulada todos os modos de transporte e que potencie uma nova centralidade urbana, catapultando o desenvolvimento urbanístico, económico e social do espaço envolvente e de todo o município”.
“Depois do diálogo que desenvolvemos com a IP [Infraestruturas de Portugal], e com as mudanças introduzidas, estamos crentes que assim vai ser, o que nos apraz registar”, indicou.
José Manuel Silva sublinhou ainda que tem como pretensão “acelerar Coimbra rumo ao futuro”.
“Mesmo não sendo o projeto que desejávamos, dadas as deficiências identificadas e que já não foi possível ultrapassar nesta fase de concretização do Sistema, como é o caso da exclusão do Polo I da Universidade de Coimbra do circuito do MetroBus, consideramos que há excelentes condições técnicas, políticas e institucionais para trabalharmos em conjunto, no sentido de dotar o concelho de Coimbra e a região Centro de um sistema intermodal de transportes capaz de responder às necessidades dos conimbricenses e dos munícipes dos concelhos vizinhos”, disse.
O auto de consignação da empreitada de construção da futura Linha do Hospital, assinado esta tarde pela Infraestruturas de Portugal (IP) e pela Águas de Coimbra, entidades adjudicantes, e pela empresa CIMONTUBO – Tubagens e Soldadura, contou com a presença do primeiro-ministro António Costa e do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
Com um valor associado de 15,5 milhões de euros, a empreitada de construção da futura Linha do Hospital será executada em 18 meses.
Prevê a construção de um canal, com 3,5 quilómetros de extensão e largura de sete metros, adaptado para o futuro serviço Metrobus; a realização de uma zona terminal de carregamento elétrico; e a intervenção em cinco rotundas e 20 intersecções.
Contempla ainda a criação de nove estações para passageiros, a construção de uma ligação mecânica (elevador) entre a estação dos Hospitais da Universidade de Coimbra e a Avenida Bissaya Barreto, bem como a remodelação do espaço público do eixo viário existente, compatibilizando o mesmo com as infraestruturas subterrâneas e o mobiliário urbano.
A Águas de Coimbra irá também promover a remodelação das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, envolvendo a execução de uma rede de abastecimento de água, novas redes de drenagem doméstica e de drenagem pluvial.
O Sistema de Mobilidade do Mondego está a ser desenvolvido pela Infraestruturas de Portugal e pela Metro Mondego, consistindo na implementação de um Metrobus com tração elétrica (a baterias) no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra.
Com uma extensão total de 42 quilómetros, fará a ligação entre Serpins, Lousã e Miranda do Corvo a Coimbra (servindo a estação de Coimbra B e o eixo central da cidade entre a beira rio e a zona dos hospitais da cidade).
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