Câmara de Góis quer entregar ao Governo relatório com os prejuízos

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 27-06-2017

A Câmara de Góis manifestou-se hoje empenhada na reposição da normalidade no concelho, onde lavrou um incêndio durante vários dias, e numa avaliação dos prejuízos para entregar ao Governo.

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Em comunicado, o município do distrito de Coimbra, liderado por Maria de Lurdes Castanheira, do PS, reitera a sua “total disponibilidade e empenho para repor as condições de normalidade no concelho de Góis e apresentar junto da Administração Central um relatório com os prejuízos causados”.

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Esse relatório deve abranger os danos provocados na economia local, “nomeadamente agricultura, pecuária e floresta, e ao nível das infraestruturas e equipamentos afetados” pelo fogo, “para que se possa obter os apoios necessários à sua recuperação”.

O executivo expressa “o mais profundo agradecimento e reconhecimento a todas as corporações de bombeiros”, bem como aos demais agentes da proteção civil, eleitos e trabalhadores das autarquias, instituições diversas e “cidadãos que de forma voluntariosa e solidária prestaram um contributo inestimável durante os dias em que o concelho de Góis foi assolado por terríveis incêndios”.

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“Uma palavra de apreço pela presença constante e permanente preocupação manifestadas” pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa, entre outros governantes e responsáveis públicos, “que souberam transmitir o ânimo e o incentivo necessários para vencer estes dias muito difíceis”, afirma Lurdes Castanheira.

“Com a mesma vontade e determinação com que combatemos e vencemos este flagelo, o executivo municipal de Góis endereça uma palavra de esperança e de otimismo a todos os goienses”, segundo a mesma nota.

Entretanto, também a direção e o comando da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra destacam, em comunicado, “a dimensão da postura” dos seus operacionais durante o incêndio que lavrou no concelho entre os dias 17 e 24, que consumiu “mais de 10 mil hectares” de área florestal.

A instituição realça igualmente o apoio “recebido de tão elevado número de pessoas, singulares e coletivas, associações culturais e humanitárias e autoridades públicas e privadas, tendo presente, naturalmente, o contributo de muitas corporações, de norte a sul do país e de Espanha, num total de quase 500 bombeiros”.

Estes bombeiros, homens e mulheres, “contribuíram para que um tão vasto e devastador incêndio não provocasse nenhuma vítima” na Pampilhosa da Serra, tendo também permitido “salvar a quase totalidade das casas de primeira habitação” do concelho.

Os incêndios que deflagraram na região Centro, desde o dia 17, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos e só foram dados como extintos no sábado.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios – iniciados em Pedrógão Grande, distrito de Leira, e em Góis, distrito de Coimbra – corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo, em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na estrada nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.

 

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