Política

Câmara gastou mais de um milhão em obras que “afinal são para destruir” acusa Somos Coimbra

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 12-07-2021

O Somos Coimbra acusou hoje a câmara de má gestão de dinheiro público na realização de obras que são para destruir, muitas delas relacionadas com o metrobus. Segundo a vereadora Ana Bastos o “perfil transversal de cinco metros de largura entretanto construído na baixa da cidade” não responde “às necessidades das três vias previstas para o canal do metrobus que “exigirá um perfil de nove metros. Gastaram-se 627 mil euros, numa obra que afinal é para destruir.”

PUBLICIDADE

A vereadora da oposição, que é professora universitária especializada em transportes disse que depois da visita aberta da Metro Mondego às obras da via central evidenciou-se a inutilidade da obra que nasceu com o argumento de “aumentar a mobilidade no centro da cidade. A impossibilidade de construção dos últimos 30 metros, levou a que a mesma já esteja a ser destruída, ainda antes de algum dia ter aberto ao serviço” – disse na sessão de Câmara desta segunda feira.

O Somos Coimbra apresentou uma “avaliação das que não deveriam ter sido feitas e das deveriam ter sido feitas”. Entre as várias obras cujo interesse apelidou de “questionável”, Ana Bastos elencou algumas construções que “vão ser destruídas caso o metroBus venha a avançar no próximo ano.”  

PUBLICIDADE

“O túnel do Choupal, denominado de “INTERFACE INTERMODAL COIMBRA NORTE”, junto à estação de camionagem, inaugurado em outubro de 2019, deverá ser aterrado, depois de investidos mais 518 mil euros. O túnel, em conjunto com a recém-construída rotunda compacta que o liga à  marginal, serão transformados numa grande praça de nível, enterrando o túnel e os milhares de euros gastos na sua requalificação.

Também as obras recentemente concluídas de requalificação do Caminho Pedonal Cruz de Celas – Baixa, com intervenções na Rua Augusto Rocha e a Rua Lourenço de Almeida Azevedo, e cujo projeto do Metrobus prevê a subida de cota e, por inerência, a requalificação dos passeios. Também no âmbito da empreitada de Conservação Corrente da Rede Viária, no valor superior a 5M€, está prevista a repavimentação de várias ruas a serem intervencionadas no âmbito do projecto do Metrobus.

PUBLICIDADE

publicidade

A tudo isto haverá a juntar as obras de requalificação da Rua João Machado e Manuel Rodrigues, no valor de 1,1 milhão de euros, para substituir o tamanho da pedra em passeios e o pavimento betuminoso da faixa de rodagem, por lajetas de granito, elevando o preço de reabilitação de 30 para 120€/m2 e os custos de reabilitação para níveis não quantificados.

A pista de BMX, localizada nos Campos do Bolão, e que ocupa o circuito previsto, em estudo prévio aprovado, para a alta velocidade, será a prazo, mais uma infraestrutura a demolir.

“A cereja em cima do bolo” será esta Câmara insistir na concretização da beneficiação da estação de Coimbra B, no valor de 28 milhões de euros, nos termos aprovados e assim inviabilizar definitivamente a paragem da Alta Velocidade no centro da cidade, empurrando-a para os campos do Mondego.”

 

 

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE