Economia
Câmara diz que Baixa de Coimbra está mais perto de ser Bairro Comercial Digital
A candidatura conjunta da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) e da CoimbraMaisFuturo à segunda fase da linha de financiamento “Bairros Comerciais Digitais” (do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR), foi submetida hoje, dia 17 de março. anunciou a autarquia.
“Com o nome @Baixa Coimbra, a candidatura visa transformar esta zona da cidade num verdadeiro centro comercial ao ar livre, (re)conectado e adaptado às novas tendências do consumo e materializar a visão estratégica para a criação de uma Baixa de Coimbra 4.0”. afiança o município.
PUBLICIDADE
Na primeira fase, Coimbra obteve a classificação de 4,7 valores (numa escala de 1 – fraco – a 5 valores – muito bom) e concorreu entre 187 projetos a nível nacional, sendo que apenas os que conseguiram um valor superior a três passaram para esta segunda fase (167). Das candidaturas, no mínimo 50 terão dotação financeira para implementarem os seus projetos até ao final de 2025.
“Estamos seguros de que esta candidatura irá dar um contributo decisivo para a transformação do centro histórico desta cidade”, afirmou o vereador da Economia da CM Coimbra, Miguel Fonseca. “Tenho a plena convicção, bem como todo o Executivo, que muito em breve estaremos a celebrar Coimbra como um dos 50 Bairros Comerciais Digitais de Portugal”, acrescentou.
O projeto @Baixa Coimbra “visa a utilização de ferramentas digitais para gerar uma nova forma de relacionamento entre os comerciantes, os consumidores e o espaço público, contemplando, ainda, a criação de uma identidade visual comum. Pretende transformar a Baixa da cidade num verdadeiro centro comercial ao ar livre, mas também online, conectado e adaptado às novas tendências de consumo, onde os clientes poderão fazer as suas compras e usufruir do espaço. O projeto assenta num modelo colaborativo de cocriação, capaz de assegurar a valorização e digitalização do comércio local e a recuperação da economia”.
A escolha da área urbana teve em conta a forte densidade de espaços comerciais e de prestação de serviços (836 estabelecimentos numa área de 24,5 hectares). Outro fator relevante é o facto de a candidatura ser apresentada por um consórcio, que é liderado pela autarquia, integrando também a associação empresarial APBC e a associação de desenvolvimento local CoimbraMaisFuturo.
Este consórcio “está empenhado na revitalização da Baixa de Coimbra e do seu comércio tradicional e acredita que um processo de modernização, suportado nas tecnologias e no digital, permitindo, ao mesmo tempo, a vivência e usufruto do espaço, é uma das formas de alcançar esse objetivo. Neste caso, a tecnologia potencia o humanismo do Bairro”, salienta a edilidade.
“A candidatura de Coimbra desenvolve um plano de ação – abrangente, inovador, integrador e colaborativo – que procura dar resposta às principais fragilidades e problemas identificados na Baixa de Coimbra, através de oito eixos de intervenção: @Baixa Conectada, @Baixa Atrativa, @Baixa Inteligente, @Baixa Colaborativa, @Baixa Capacitada, @Baixa Sustentável, @Baixa Dinâmica e @Baixa Coesa, num total de 46 ações que perfazem um investimento global elegível de 1.455.608 €, sendo o valor máximo elegível é 1,5 milhões de euros”.
A par do desenvolvimento da cultura de Bairro e do destaque dado ao património e às indústrias criativas, no @Baixa Coimbra está prevista a introdução de mobiliário urbano inteligente – mupis, bancos com tecnologia que permite carregar telemóveis, painéis informativos para visualizar, em tempo real, os lugares de estacionamento existentes – o investimento em sistemas de informação digital e realidade aumentada, estando contemplada a operacionalização de uma Plataforma de Gestão Inteligente de apoio à tomada de decisão e monitorização da área de abrangência, na qual a sustentabilidade ganha lugar de destaque. A articulação com o Metrobus também é considerada.
O projeto pretende capacitar os comerciantes da Baixa para outras formas de venda para além da física (em loja), nomeadamente a digital e a híbrida (que conjuga as duas), promovendo e potenciando os seus negócios.
Esta iniciativa apresenta-se, segundo a Câmara, como uma oportunidade para Coimbra impulsionar o crescimento económico, promover a proximidade e a coesão territorial, bem como a digitalização dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio, o comércio em linha e a integração digital das cadeias de abastecimento e escoamento.
Apesar de se tratar de um projeto com um horizonte temporal bem definido, a metodologia de implementação proposta assegura que serão criadas todas as condições para que as mais-valias geradas perdurem num período pós-projeto, muito além do seu término. Além disso, o trabalho conjunto desenvolvido no âmbito da candidatura pelo Município de Coimbra, a APBC e a CoimbraMaisFuturo já está a contribuir para construir uma visão estratégica e integrada da Baixa da cidade, adianta.
A dotação prevista neste aviso é de 52 milhões de euros (num mínimo de 50 mil euros e até 1,5 milhões de euros), sendo que o valor máximo de incentivo poderá vir a ser ajustado, em função da necessidade de garantir o cumprimento da meta da criação de 50 Bairros até 31 de dezembro de 2025.
Related Images:
PUBLICIDADE