Região

Câmara de Tábua diz que pagamentos em atraso estão “muito aquém” do limite

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 01-10-2021

O presidente da Câmara de Tábua, Mário Loureiro, disse hoje que os pagamentos em atraso da autarquia estão “muito aquém do limite” da sua capacidade de endividamento, que é superior a seis milhões de euros.

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Mário Loureiro adiantou à agência Lusa que, desde 31 de dezembro de 2020, “já houve uma redução significativa” da dívida municipal.

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Tábua, no interior do distrito de Coimbra, é um dos 10 municípios que, no final de 2020, apresentavam pagamentos em atraso superiores a um milhão de euros, segundo o relatório da Evolução Orçamental da Administração Local, divulgado na quinta-feira pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP).

Os restantes municípios com idêntica situação financeira são Setúbal, Penafiel, Paredes, Caminha, Tabuaço, Vila Real de Santo António, Freixo de Espada à Cinta, Tarouca e Ponte da Barca.

“Estes 10 municípios, menos três do que em dezembro de 2019, concentravam mais de três quartos da dívida vencida e não paga há mais de 90 dias no final de 2019”, é destacado no relatório do CFP.

Eleito pelo PS para dois mandatos consecutivos na Câmara Municipal, o independente Mário Loureiro não se recandidatou à presidência nas autárquicas de 26 de setembro.

“O próximo executivo vai continuar este trabalho de redução”, sublinhou.

O autarca vai ser substituído no cargo pelo atual vice-presidente do executivo, Ricardo Cruz, vencedor das últimas eleições.

“Nos últimos sete ou oito anos, já reduzimos a nossa responsabilidade global em oito milhões de euros”, acentuou, mostrando-se otimista face à evolução da situação financeira do município.

A despesa municipal agravou-se 2,8% em 2020, em termos globais, para 8,3 milhões de euros, de acordo com o relatório da Evolução Orçamental da Administração Local divulgado pelo CFP.

Foram 39 os municípios que reduziram os pagamentos em atraso, 12 dos quais deixaram de apresentar qualquer dívida com estes pagamentos.

Os municípios de Aveiro (-6,8 ME), Vila Real de Santo António (-4,3 ME), Penafiel (-3,6 ME), Caminha (-2,9 ME) e Braga (-2,2 ME) foram os que mais diminuíram os pagamentos em atraso.

Outros 32 municípios contribuíram para o aumento de 5,3 ME dos pagamentos em atraso, 21 dos quais passaram a apresentar dívidas em atraso.

Os maiores agravamentos ocorreram nos municípios de Tabuaço, Ponte da Barca e Tábua (1,3 ME, 1,2 ME e 0,6 ME, respetivamente), ainda segundo o Conselho de Finanças Públicas.

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