Coimbra

Câmara de Coimbra trabalha solução para rua onde está previsto abate de árvores

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 28-07-2025

Imagem: Miguel Dias/ClimaAção Centro

A Câmara de Coimbra afirmou hoje que está “fortemente empenhada” em encontrar uma solução de compromisso para a rua Lourenço Almeida Azevedo, onde está previsto o abate de 11 árvores, que tem sido contestado.

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Em causa, está o abate de 11 árvores (nove identificadas em relatórios fitossanitários) previsto no âmbito da empreitada do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que irá passar naquela rua do centro da cidade.

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Na reunião do executivo de hoje, a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, afirmou que o município está a desenhar uma solução de compromisso, “que concilie a defesa do património arbóreo com a exigência técnica da infraestrutura em curso”, admitindo que não há “uma solução simples nem evidente”.

No entanto, comprometeu-se a avançar “muito em breve” com “uma proposta viável, tecnicamente compatibilizada e consensual entre todas as entidades envolvidas”, salientando que, até à apresentação dessa solução, “as obras permanecem limitadas às intervenções subterrâneas, salvaguardando ao máximo a estabilidade das árvores existentes”.

Segundo Ana Bastos, já decorreram duas reuniões de trabalho no local, mas admitiu que as características das árvores existentes naquela rua (dimensão, porte e extensão das raízes) “levantam dificuldades técnicas substanciais”.

“As valas para renovação das infraestruturas subterrâneas são profundas, bem como os ramais de ligação aos edifícios obrigam a escavações longitudinais e transversais no arruamento, inevitáveis para salvaguardar a qualidade da água da rede pública fornecida aos munícipes, bem como o devido escoamento das águas residuais”, explicou.

Face a um espaço disponível no canal escasso, “alguma função terá, lamentavelmente, de ser parcialmente sacrificada”, notou.

“Ou são as árvores, ou o estacionamento, ou a circulação [automóvel] ou o metrobus. Eu tenho propostas para todos os gostos – cada cabeça sua sentença. E temos de pegar nelas todas e têm de ser devidamente estudadas tecnicamente. Não é uma decisão política. Eu mesma estou envolvida nas soluções e andamos a trabalhar ao milímetro. As árvores só não serão poupadas se não for possível. Porque se for possível, somos os primeiros interessados em poupá-las”, salientou.

De acordo com Ana Bastos, há um canal de 6,7 metros reservado para o SMM, sobrando cinco metros para funções complementares, entre elas a circulação automóvel e o estacionamento.

A vereadora afirmou que o município pediu ao empreiteiro responsável pela obra o “levantamento detalhado das raízes das árvores em risco e a reavaliação de algumas espécies com sinais de debilidade, por arborista especializado”.

Ana Bastos disse ainda que a área ocupada pelas raízes das árvores poderá originar, a curto prazo, “deformações no pavimento do canal, afetando a durabilidade e segurança da infraestrutura e a operação do sistema”.

“Adicionalmente, algumas árvores apresentam inclinação sobre o canal, pondo em risco a operação do serviço”, acrescentou.

Durante a sua intervenção, a vereadora esclareceu que foi determinado ao empreiteiro a adoção de medidas de proteção das árvores durante a obra, tendo já sido colocadas estruturas de madeira em torno dos troncos, para minimizar o impacto de manobras de máquinas e operacionais.

Na semana passada, um coletivo de cidadãos de Coimbra afirmou que vai interpor uma providência cautelar para tentar impedir o abate de árvores na rua Lourenço de Almeida Azevedo e avenida Sá da Bandeira, por causa das obras do SMM, que irá operar entre Serpins (Lousã) e Coimbra, com autocarros elétricos articulados em canal dedicado.

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