Coimbra

Câmara de Coimbra diz que ICNF deu parecer positivo a parque fotovoltaico na Serra do Ilhastro

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 20-12-2023

 O presidente da Câmara de Coimbra afirmou hoje que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas deu parecer positivo ao parque fotovoltaico da Cimpor na Serra do Ilhastro, escusando-se a revelar qual será a posição da autarquia.

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“O parecer do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] foi positivo [ao projeto] e a APA [Agência Portuguesa do Ambiente] disse que não tinha justificação para se pronunciar”, disse José Manuel Silva, durante o período antes da ordem do dia da Assembleia Municipal de Coimbra.

O presidente da Câmara respondia à intervenção do deputado do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) João Malva, que criticava a possibilidade de aquele projeto avançar numa zona de grande riqueza no que toca à biodiversidade, numa área de 13 hectares em terrenos que ficam na Freguesia de Brasfemes e na União de Freguesias de Souselas e Botão.

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O deputado do CpC alertou ainda que a Cimpor já avançou com trabalhos de limpeza do terreno antes de o projeto sequer ter sido aprovado, perguntando se a Câmara de Coimbra irá emitir parecer positivo ou negativo quanto à instalação daquela central fotovoltaica, recordando, no passado, a contestação de José Manuel Silva, enquanto vereador da oposição, da criação de uma central em Cernache (com mais de 60 hectares).

O presidente da Câmara sublinhou que o projeto de central fotovoltaica não faz parte “de zonas classificadas em termos ambientais”.

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“Quanto ao parecer da Câmara de Coimbra, não me vou antecipar. Quando as decisões forem tomadas, serão publicamente conhecidas”, disse, acrescentando que o projeto é compatível com as rotas turísticas que estão previstas executar naquela zona.

A possível instalação de uma central naquela zona já tinha sido abordada pelo vereador do PS Hernâni Caniço, numa reunião do executivo, a 11 de dezembro, que também criticou o projeto e questionou a Câmara sobre a sua posição quanto àquele projeto.

Na altura, o vereador recordou que a Junta de Freguesia de Brasfemes apresentou parecer desfavorável, com aquela autarquia a considerar que o projeto “acarreta prejuízos inaceitáveis para o ordenamento e desenvolvimento local” e “efeitos negativos na qualidade ambiental, paisagística e funcional, destruindo um habitat que, por lei, deverá ser protegido”.

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