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Câmara baixa do parlamento sul-africano destruída no incêndio deste domingo

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 03-01-2022

A câmara baixa do parlamento sul-africano foi destruída pelo incêndio que deflagrou este domingo nos edifícios históricos do poder legislativo do país, localizados na Cidade do Cabo, confirmaram hoje fontes oficiais sul-africanas.

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“Podemos confirmar que uma das maiores perdas no incêndio é a queima completa da câmara da Assembleia Nacional”, câmara baixa do parlamento, informou Amos Masondo, presidente do Conselho Nacional das Províncias (Senado Sul-Africano), numa conferência de imprensa.

Uma equipa de uma dezena de bombeiros estava hoje à tarde ainda dentro das instalações a fazer o rescaldo do incêndio, segundo o presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, na mesma conferência de imprensa.

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Para além do hemiciclo onde decorriam as sessões parlamentares dos deputados sul-africanos, numerosos escritórios e parte do edifício que albergava a antiga Assembleia Nacional foram também consumidos pelo fogo.

A temperatura no interior dos edifícios é ainda de cerca de 100 graus centígrados, segundo a ministra das Infraestruturas, Patricia de Lille, pelo que a extensão real dos danos ainda está por avaliar.

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As equipas de engenheiros e especialistas destacados para o local esperam ter um relatório preliminar sobre as circunstâncias do incêndio até à próxima sexta-feira, segundo Lille.

Uma pessoa foi entretanto detida por suspeitas de ligação à origem do incêndio. Trata-se de um homem de 49 anos, que foi visto pelos serviços de segurança dentro do edifício do parlamento e apanhado com artigos roubados, informaram as forças de segurança numa declaração no domingo à noite.

O suspeito detido comparecerá perante um juiz esta terça-feira e enfrenta acusações de arrombamento, roubo e fogo posto num local de importância nacional.

Segundo a imprensa local, o suspeito terá tido acesso aos edifícios através de uma janela.

Sobre esta detenção, Mapisa-Nqakula explicou que o relatório da polícia sobre a detenção ainda não está disponível, mas sublinhou que o incêndio constituiu um “ataque” deliberado ao parlamento, e assume-se como uma “ameaça” à democracia da África do Sul.

As autoridades sul-africanas acreditam que o incêndio começou no edifício mais antigo do complexo da Assembleia Nacional (a “Velha Assembleia”), concluído em 1884, e depois alastrou-se à ala mais recente, que alberga a atual câmara baixa e os seus gabinetes.

As equipas de emergência foram notificadas do incêndio por volta das 06:00 horas locais (04:00 TMG, hora de Lisboa) de domingo.

Estão igualmente em curso investigações sobre, por exemplo, por que razão os sensores de incêndio foram lentos a responder, segundo Patricia de Lille, em declarações no domingo.

Os aspersores anti-incêndio também não funcionaram porque, alegadamente, a válvula de água que alimentava o sistema estava fechada.

De Lille confirmou hoje que as câmaras de segurança estavam a funcionar nas primeiras horas do incidente e que a polícia está a monitorizá-las.

Este é o segundo incêndio neste edifício em menos de um ano. Em março de 2021, um outro incêndio deu origem a um relatório que concluiu com a necessidade de melhorar as medidas de segurança do edifício, consideradas inadequadas.

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