Economia

Caixa Geral de Depósitos propõe atualizações salariais de 3% este ano 

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 17-01-2024

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) propõe aumentos salariais de 3% este ano, segundo o documento do banco público enviado aos sindicatos a que a Lusa teve hoje acesso.

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A CGD propõe atualizações de 3% na tabela salarial e nas cláusulas de expressão pecuniária (com exceção de diuturnidades, ajudas de custo e abono para falhas, que ficarão sem aumento) e diz que esse aumento somado a outras progressões salariais (desde logo promoções e prémios) levará a massa salarial a subir 5% em 2024.

No início do mês, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo CGD (STEC) tinha reivindicado aumentos salariais de 7%, com um mínimo de 125 euros, justificando com a “perda acumulada de poder de compra” e pelo lucro do banco público em 2023 (que estima que ultrapasse os 1.000 milhões de euros, depois dos 987 milhões de euros registados até setembro).

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A proposta de revisão salarial da CGD, a que a Lusa teve hoje acesso, considera que a tabela salarial do banco público já é acima da restante banca e que o crescimento da massa salarial entre 2018 e 2023 foi superior à inflação, pelo que considera houve um “aumento do poder de compra” dos trabalhadores.

Em dezembro, o Governo emitiu um despacho a autorizar as empresas do setor público (em que se inclui a CGD) a aumentar a massa salarial global até 5% em 2024, sendo que a referência por trabalhador é de 3% (o que inclui atualizações salariais, progressões e promoções), pelo que a proposta da CGD hoje conhecida segue a orientação governamental.

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A CGD tem contratação coletiva autónoma, pelo que negoceia as atualizações salariais diretamente com os sindicatos. Em 2023, STEC e CGD acordaram um aumento de 76 euros na tabela salarial.

Já os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho do setor bancário (são cerca de 20, caso de Santander Totta, Novo Banco e BPI) têm uma mesa de negociação comum com os sindicatos. De momento, a proposta destes bancos é de aumento de 2%, um valor que os sindicatos afetos à UGT (Mais Sindicato, SBN e SBC) consideraram “miserável e indecoroso” e bem abaixo da sua reivindicação de 6%. É provável que o grupo negociador da banca faça nova proposta.

O Sintaf (afiliado da CGTP), por seu lado, exige aumentos de 15%, no mínimo de 150 euros.

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