Um estudo publicado na revista Science Advances revelou que cães a viver na zona de exclusão de Chernobyl apresentam alterações genéticas associadas à reparação de ADN e à resposta imunitária, possíveis sinais de adaptação à exposição prolongada à radiação.
Os investigadores analisaram 302 cães descendentes de raças como pastor alemão e boxer, distribuídos por três áreas distintas dentro da zona de exclusão. Os resultados indicam que os cães que vivem mais próximos da antiga central nuclear apresentam maior homogeneidade genética, sugerindo uma seleção natural que favoreceu animais mais resistentes às condições ambientais extremas, pode ler-se no Jornal de Notícias.
Segundo os autores do estudo, estas descobertas ajudam a compreender como espécies podem adaptar-se a ambientes altamente radioativos, oferecendo pistas sobre os efeitos a longo prazo da radiação em organismos vivos.
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A investigação acrescenta-se a um corpo crescente de estudos que examina a vida selvagem e doméstica na região de Chernobyl, onde, décadas após o acidente nuclear de 1986, animais e plantas continuam a mostrar sinais de adaptação ao ecossistema contaminado.
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