Portugal
Bruno enfrenta 600 km pela cirurgia que lhe pode aliviar anos de sofrimento

Imagem: soldados da paz
Bruno sofreu uma paragem cardiorrespiratória em 2023 que o deixou com graves sequelas e uma incapacidade de 95%. Agora, foi submetido a uma cirurgia que poderá melhorar a sua condição física e qualidade de vida.
A operação, realizada no dia 11 de julho no Hospital Viamed Santa Helena, em Madrid, foi possível graças ao apoio fundamental dos Bombeiros Voluntários de Crestuma, que garantiram o transporte até à capital espanhola.
A preparação para esta viagem foi marcada por grandes dificuldades. Tudo começou com uma consulta com o Dr. Igor Nazarov, especialista internacional em miotenofasciotomia, uma técnica minimamente invasiva que trata retrações musculares causadas por danos cerebral. O médico apontou a intervenção como essencial para aliviar a rigidez muscular de Bruno.
PUBLICIDADE
Apesar de inicialmente terem ponderado viajar de avião, o transporte aéreo revelou-se inviável devido às limitações da cadeira de rodas de Bruno e à necessidade de viajar deitado. Com o tempo a apertar e apenas três dias para encontrar uma alternativa, a família contactou várias entidades, mas sem sucesso.
Foi apenas no dia 9 de julho que chegou a tão esperada resposta: o comandante dos Bombeiros de Crestuma ofereceu uma ambulância adaptada para a viagem. No dia seguinte, Bruno seguiu rumo a Madrid com os pais, um amigo da família e dois bombeiros que garantiram todos os cuidados ao longo do trajeto.
A operação, uma miotenofasciotomia, correu bem e está prevista uma segunda intervenção dentro de seis meses.
Lembre-se que Bruno sofreu uma paragem cardiorrespiratória que lhe roubou quase tudo, incluindo o sonho de ser mecânico de Formula 1.
Tudo aconteceu quando Bruno tinha 16 anos. O jovem estava no 11.º ano, tocava trompete e era atleta federado de remo, realizando, por isso, exames médicos anuais, os quais nunca acusaram qualquer problema de saúde.
Logo às 8:30 horas, antes de começar a fazer a aula de Educação Física, desmaiou e caiu inanimado ao pé da baliza.
Passaram quase duas horas até se reverter a paragem cardiorrespiratória, e Bruno “ficou com lesões cerebrais que comprometem muito a vida dele, sobretudo a nível físico”.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE