Na segunda noite da Festa das Latas, o Notícias de Coimbra encontrou aquilo que poderá ser considerado o melhor outfit desta edição.
O protagonista é João, estudante brasileiro há quatro anos em Portugal e atualmente no primeiro ano de mestrado.
Entre chapéu, laçarote e traje cheio de pormenores, João garante que este estilo faz parte do dia a dia. “Sempre gostei de me vestir assim, desde que vivia no Brasil. Lá nunca tive coragem, mas cheguei aqui, conheci uma colega que se vestia como um fantasma vitoriano e pensei: se ela se veste assim e ninguém goza com ela, eu também posso. Comecei a comprar peças aqui e ali e, ao fim de quatro anos, tenho um guarda-roupa interessante”, explicou.
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Mas João não se destaca apenas pelo visual. O sotaque português que adotou em Coimbra é, talvez, a sua marca mais curiosa. “Quando cheguei, falava caipira paulista. Até imitava os portugueses para os irritar, mas fazia-o muito mal e eles ficavam chateados. Com o tempo, comecei a falar português de Portugal e agora não consigo parar. Até no Brasil acham que eu já não falo brasileiro.”
Hoje, sente-se dividido: “Aqui sou brasileiro, lá sou o tuga. Acho que vou ser para sempre o brasileiro que virou tuga”, afirmou, entre gargalhadas.
Questionado sobre a Festa das Latas, foi direto: “Adoro este país. Gosto bastante de vir à Latada desde o primeiro ano. Já sou fã de Quim Barreiros e até sei cantar algumas músicas. Gosto mais do que no Brasil, para ser sincero.”
Sobre o futuro, João admite estar em dúvida entre regressar ao Brasil ou ficar em Portugal: “Talvez volte quando acabar o mestrado, talvez fique para dar aulas. Mas, se for embora, vou sentir imensas saudades de Portugal e das pessoas.”
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