Um grupo de 15 elementos da corporação de Bombeiros Voluntários de Góis exige a “demissão imediata” do comandante Fernando Gonçalves e entregou este domingo os capacetes no quartel, num gesto simbólico de protesto.
Os operacionais acusam o comandante de “falta de transparência e de falar de forma brusca com os elementos” e ameaça passar à inatividade caso Fernando Gonçalves não se demita.
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O protesto ocorreu este domingo depois de uma reunião “de última hora” entre os bombeiros e o comandante. Ao que o Notícias de Coimbra apurou, a reunião foi marcada pelo próprio Fernando Gonçalves depois de ler algumas críticas ao seu trabalho num grupo de WhatsApp.
“Não há transparência. Quando temos reuniões o comandante fala por ele, pelo corpo ativo e pela direção”, disse um dos bombeiros ao NDC. Sem querer ser identificado, o operacional garantiu que, por um lado, o quartel tem “ambulâncias a funcionar sem a inspeção do INEM porque estão obsoletas” e, por outro, “gasta-se dinheiro em veículos de comando topo de gama equipados como poucos na região”.
O mesmo bombeiro refere que desde a entrada de Fernando Gonçalves, há dois anos, “já saíram entre 16 a 20 bombeiros e não foram substituídos, pelo menos por elementos com as mesmas qualificações”. Alguns, conta, “dizem que só regressam se ele sair”.
Na reunião deste domingo, a maioria dos bombeiros pediu a demissão do comandante. “Ele disse que não se demitia, a não ser que apresentássemos razões concretas por escrito e é isso que estamos a fazer”, revelou um dos bombeiros presentes.
“Se o comandante não se demitir, vamos pedir a passagem à inatividade”, assegurou o operacional, garantindo contudo que “o socorro à população nunca irá ser colocado em causa”.
Ainda este domingo, ao que foi possível apurar, o comandante esteve reunido com a direção por causa do mal-estar que se vive na corporação.
Fernando Gonçalves, contactado pelo NDC, não quis, para já, prestar declarações sobre a situação.
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