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Boeing bate recorde do Guiness com avião de papel Navigator. Foi produzido com eucalipto português

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Um avião feito em papel Navigator, projetado por três engenheiros aeronáuticos, conquistou o recorde mundial de distância com um voo de 88 metros, quase o comprimento de um campo de futebol. O recorde, inscrito no Guiness, exigiu meses de esforço e muitas horas de estudo para criar e testar vários modelos que, no futuro, poderão servir de base a novos protótipos para o setor da aviação.

Dillon Ruble e Garrett Jensen, engenheiros da Boeing, uma das maiores empresas a nível mundial no setor da aeronáutica, e Nathan Erickson, engenheiro da Garmin, a fabricante de sistemas de navegação e de voo, são os autores da proeza.

A “fuselagem” foi construída em papel Navigator 100 g/m2, dada a “melhor relação custo-eficiência” e “a sua estrutura firme”, explica Dillon Ruble, engenheiro apaixonado por origami.

O conhecimento adquirido no curso de Engenharia Aeroespacial e Mecânica, da Missouri University of Science and Technology, foi fundamental para os três engenheiros projetarem um avião de papel capaz de bater o recorde mundial de distância de voo.

O protótipo feito a partir de folhas Navigator, obtidas a partir de uma matéria-prima nacional – o eucalipto globulus – foi inspirado em modelos de aviões hipersónicos, capazes de deslocar-se a velocidades cinco vezes superiores à velocidade do som, daí ter sido batizado de “Mach 5”.  Este foi o ponto de partida para os três engenheiros superarem a marca anterior (77 metros), alcançada em 2022, e que tinha levado mais de uma década a ser conquistada.

O que leva engenheiros aeroespaciais, que projetam e trabalham em aviões à escala real, a dedicar-se ao desenho de protótipos de papel e a fazê-los voar o mais longe possível? Segundo Dillon Ruble, “os aviões de papel e os aviões à escala real têm muitas diferenças na sua complexidade, mas operam ambos segundo os mesmos princípios. As forças básicas de impulso, sustentação, arrasto e peso podem ser utilizadas para teorizar padrões de dobragem do papel”.

O recorde mundial foi estabelecido num evento em Crown Point (no estado de Indiana, nos EUA). A Boeing apoiou esta iniciativa, considerando que “quebrar recordes é mais do que apenas um número, é desafiar-nos a nós mesmos para chegar um pouco mais longe e trabalhar um pouco mais”.

Para conquistar a maior distância de voo, o papel Navigator foi crucial. “Não conhecíamos a marca antes deste projeto, mas depois de experimentarmos vários outros tipos de papel, o Navigator A4 100 g/m² é agora o nosso papel de eleição para obter o melhor desempenho com os nossos aviões”, explica Dillon Ruble.

A Navigator, que chega diariamente a consumidores em mais de 130 países, espalhados pelos 5 continentes, foi a eleita para dar forma à “fuselagem” do avião recordista, já que “é a melhor relação custo-eficiência em papéis de 100 gramas e a sua estrutura firme revelou-se ideal para um avião de papel de alto desempenho”, conclui Dillon Ruble.

Proveniente de florestas certificadas e geridas de forma sustentável, o papel Navigator tem sido o motor de uma fileira que nasceu no território nacional há mais de 70 anos. Hoje, é reconhecido internacionalmente como a principal referência no papel de escritório premium e a mais vendida em todo o mundo.

Desde que foi lançada, em 1992, a marca é o testemunho do inconformismo, da ambição e do espírito de inovação que percorre a Companhia e as suas pessoas desde a sua fundação. Conquistou um lugar de relevo junto de milhares de empresas, organizações, governos e cidadãos, proporcionando um recurso natural renovável para que estas possam escrever as suas histórias, por no papel ideias e projetos, dar largas à imaginação e, sobretudo, deixar o seu testemunho às gerações vindouras.

Recorde-se que a The Navigator Company foi a primeira, a nível mundial, a produzir, a partir do início de 1957, pasta de papel kraft e de papel de impressão a partir exclusivamente de fibras de eucalipto globulusna Fábrica de Aveiro, em Cacia.

Este foi o início de um percurso que viria a transformar a então Companhia Portuguesa de Celulose, que iniciou a atividade em 1953 e é hoje parte integrante da The Navigator Company, num dos maiores produtores mundiais de pasta branca de eucalipto globulus (BEKP) e de papéis de impressão e escrita.

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