Política

Bloco promete referendo a nova ponte rodoviária sobre o Choupal em Coimbra

Notícias de Coimbra | 2 dias atrás em 23-07-2025

O Bloco de Esquerda irá apresentar um referendo local sobre a nova ponte rodoviária sobre o Choupal, prevista no Plano de Pormenor da Estação de Coimbra, após as eleições autárquicas, foi hoje anunciado.

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A primeira medida que os futuros eleitos do Bloco de Esquerda em Coimbra irão apresentar será um referendo local sobre a nova ponte rodoviária sobre o Choupal (e rio Mondego), afirmou hoje o partido, durante a apresentação do seu programa eleitoral, que decorreu junto àquela mata nacional.

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“Não vale dizer que a construção da ponte rodoviária é inevitável. É bem sabido que há alternativas, são várias e estão identificadas e têm sido objeto de debate”, afirmou o candidato do Bloco à Câmara Municipal, o antigo deputado José Manuel Pureza, afirmando que a própria vereadora com o pelouro do urbanismo do atual executivo, enquanto académica, apresentou “alternativas” à construção de tal ponte.

Para o candidato, esta é uma proposta séria e “não é um gesto sem chão”.

O número dois da lista do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal, Rui Calado, considerou que a proposta de construção de uma ponte rodoviária no meio do Choupal é “um erro”, que tem impactos naquela mata nacional, deixando um repto às restantes forças políticas para se juntarem “a esta causa”.

O Bloco de Esquerda propõe ainda que o Plano de Pormenor, que está em elaboração, fique suspenso até que se realize o referendo, caso o mesmo venha a ser aprovado nos órgãos municipais.

O programa prevê, entre outras propostas, uma obrigatoriedade de novos empreendimentos habitacionais reservarem 25% da construção para habitação a custos controlados, a criação de uma sala de consumo assistido, cláusulas anti-precariedade nos cadernos de encargos de concursos públicos lançados pela autarquia e um balcão único de atendimento a migrantes, afirmou José Manuel Pureza.

“Não apresentamos um programa e assumimos um compromisso para pequenos ajustamentos ao que já está”, disse, considerando que “décadas de alternância entre governos municipais do PS e da direita” criaram uma cidade que “é um parque temático para turistas e que vive das rendas da especulação imobiliária”.

Sugerindo uma crítica aos parceiros da coligação liderada pelo PS, José Manuel Pureza disse que o Bloco de Esquerda “não serve para dar a mão a quem produziu um concelho desta natureza”.

O candidato recordou que há cerca de 11 mil casas devolutas no concelho de Coimbra – “um número escandaloso” -, considerando que há mecanismos no plano municipal para dar resposta à crise de habitação.

A conversão de edifícios públicos não utilizados para habitação é uma das propostas, notou José Manuel Pureza, entendendo que a Câmara de Coimbra pode também avançar com uma “grande operação de reabilitação urbana na Baixa”.

O candidato do Bloco de Esquerda defendeu o uso de vários instrumentos, como a posse administrativa ou a expropriação para reordenar “a malha urbana do seu centro mais antigo”.

“A Câmara não pode ter medo de fazer concorrência aos privados. Tem de o fazer com coragem e com determinação”, salientou.

Criação de zonas de encontro e corredores verdes, linhas noturnas na rede de transportes urbanos, uma rede de ciclovias no concelho e a construção de um Centro Interpretativo de Resistência e Democracia são algumas das propostas do programa hoje apresentado.

Além de José Manuel Pureza, são candidatos o atual presidente da Câmara pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/IL/NC/PPM/V/MPT), a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela Avançar Coimbra (PS, PAN, Livre), o vereador Francisco Queirós, pela CDU, Maria Lencastre Portugal, pelo Chega, e Sancho Antunes, pelo ADN.

Em 2021, a coligação Juntos Somos Coimbra ganhou a Câmara Municipal com cerca de 44% dos votos contra 32,6% do PS.

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