Coimbra

Bloco de Esquerda preocupado com a “escrita” da Casa da Língua dos Josés e do João

Notícias de Coimbra | 10 meses atrás em 10-07-2023

Notícias recentes dão conta “da transformação da Casa da Escrita numa “Casa da Cidadania da Língua”, tutelada por uma recém-constituída Associação Portugal Brasil 200 anos, presidida por José Manuel Diogo e que tem como presidente da Assembleia Geral João Gabriel Silva, irmão do atual presidente da Câmara Municipal de Coimbra”, relembra o Bloco de Esquerda.

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“Os contornos do protocolo a estabelecer entre a Câmara e esta associação privada são desconhecidos. Desconhecido é também o futuro da Casa da Escrita, cuja existência parece encontrar-se em risco”, alerta a Comissão Coordenadora Concelhia de Coimbra do Bloco de Esquerda.

“Esta situação é inquietante, sugerindo uma pulsão de captura de equipamentos públicos por estruturas privadas e revelando uma gestão pouco transparente da coisa pública. Mostra ainda a incapacidade do executivo municipal em ter uma política que não esteja presa aos chavões do empreendedorismo e da cultura como negócio ou pretexto publicitário, avisa a estrutura liderada por Miguel Cardina.

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A Concelhia do Bloco de Esquerda junta-se a outras vozes que têm manifestado preocupação e perplexidade com os destinos que se estão a desenhar para a Casa da Escrita.

Instalada no coração da Alta de Coimbra, ligada à história do movimento neorrealista e albergando espólios relevantes, o investimento na Casa da Escrita deve ser feito respeitando a sua missão e aprofundando o papel daquele espaço na criação e fruição cultural e na dinamização do território. Menos do que isso é abdicar de ter uma política cultural assente na transparência, na acessibilidade e no caráter público da gestão dos equipamentos, conclui o Bloco de Esquerda.

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No dia 1 de julho, no edifício da rua João Jacinto 8, numa iniciativa da Associação Portugal Brasil 200 anos, o prefeito de Coimbra admitiu o que tem andado a esconder das oposições e afirmou que a Casa da Escrita foi descontinuada para albergar a Casa da Cidadania da Língua, indo ao ponto de revelar parte do enredo deste romance de cordel protagonizado pelo albicastrense “especialista em Media Intelligence” que “vive com um pé em cada lado do Atlântico: entre São Paulo e Lisboa”. 

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