Coimbra

Birds are Indie estreiam videoclipe de “Our Last Waltz” gravado em Coimbra

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 26-04-2021

A banda Birds are Indie estreou na passada sexta-feira o videoclip oficial de “Our Last Waltz”, gravado em Coimbra pelo premiado realizador Tiago Cerveira, natural de Oliveira do Hospital. Birds are Indie têm ainda anunciada a data oficial de lançamento do vinyl “Migrations – the travel diaries #2” para 28 de maio de 2021, dia em que será apresentado, ao vivo, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, às 19h. 

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O videoclip oficial de “Our Last Waltz” é um encontro inesperado, uma última dança e um adeus, sempre sob o olhar de um intrigante encenador. Assim se poderia sintetizar o fio condutor deste vídeo, que entrelaça os músicos Joana Corker, Ricardo Jerónimo e Henrique Toscano com o desenrolar de uma narrativa onde surgem três personagens, desempenhadas também por eles. A ação desenrola-se num espaço cinzento, inóspito e abstrato, mas que, em tempos, havia sido um local de vida, cor e arte. Este enquadramento também reflete metaforicamente os tempos atuais, em que, devido à pandemia, muitos artistas e espaços culturais se encontram à beira da sua última valsa, refere a banda Birds are Indie.

 

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Sobre o lançamento em vinyl de “Migrations – the travel diaries #2”, a edição em formato vinyl preparada pelos Birds Are Indie e pela Lux Records para daqui a poucas semanas . Esta contém 6 dos temas presentes no CD de 2020, incluindo o aclamado single “Black (or the art of letting go)” e integra ainda 4 temas inéditos, entre os quais “Our Last Waltz”, uma canção que fala de um ‘adeus’, remetendo para o momento em que dois caminhos, seja por que razão for, se separam irremediavelmente.

É conhecida e vincada a geografia musical deste grupo de Coimbra: o seu ninho foi construído em forma de bedroom pop, com a folk pelo meio, numa postura DIY minimalista, própria dos primeiros voos, tal como aconteceu com Belle and Sebastian, Yo La Tengo, Moldy Peaches ou Juan Wauters. Com o tempo, as asas da sua pop foram crescendo e aproximaram-se do rock que lhes foi ensinado por nomes como Lou Reed, Dean Wareham, Black Francis e Stephen Malkmus.

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Ao longo de mais de uma década de história(s), os Birds Are Indie acumularam diversas viagens, umas físicas e outras sonoras. Se muitas vezes se aventuraram à descoberta, noutras preferiram voltar ao ponto de partida. Com dificuldade em estar muito tempo no mesmo lugar, foram migrando entre conforto e desprendimento, atravessando latitudes bem conhecidas e meridianos algo esquecidos.

Em “Migrations” está muito presente a ideia de ida e regresso, seja porque o disco vagueia entre diferentes períodos na vida musical e pessoal de Ricardo Jerónimo, Joana Corker e Henrique Toscano, ou porque o mote para as letras que o compõem é a sua própria inquietude, ora desamparada, ora desafiante. No fundo, quem vive entre o aqui e o ali, prefere é estar além, como a mestria de Variações tão bem sintetizou.

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