Coimbra

Beira-rio em Coimbra sem carros (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 22-12-2021

A Avenida Cidade Aeminium, conhecida como estrada da Beira-rio, junto à Estação Nova, em Coimbra, vai continuar encerrada ao trânsito e poderá não voltar a servir a circulação rodoviária. Estava previsto que a via reabrisse em meados de 2022, mas a Câmara Municipal aprovou na última reunião do executivo, esta segunda-feira, a suspensão das obras para a instalação de uma conduta das Águas do Centro Litoral (AdCL).

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A conduta adutora que visa “não só melhorar o abastecimento à zona norte da cidade como estabilizar as pressões na zona da Baixa e norte de Coimbra para evitar situações de rutura que habitualmente surgem na adutora existente na Avenida Fernão de Magalhães e em outros locais da cidade, como a margem esquerda”, disse ao Notícias de Coimbra Mauro Azevedo, diretor de Engenharia e Gestão de Ativos da AdCL.

O técnico explicou ao NDC esta obra, que vai manter a Beira-rio fechada durante pelo menos um ano e meio e custará à AdCL 2,5 milhões de euros. A intervenção levou a autarquia a suprimir os trabalhos de requalificação da margem direita do Mondego, implicando a perda de financiamento já atribuído de cerca de meio milhão de euros. “Trata-se de uma conduta nova que visa aliviar ou estabilizar as pressões na rede em baixa gerida pelas Águas de Coimbra e melhorar a quantidade de água aos consumidores no norte do município e em outros como a Mealhada”, pormenorizou.

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A adutora vai ser instalada entre a zona da Estação Nova, na Avenida Emídio Navarro, e o Choupal, explicou Mauro Azevedo. Vai também dar continuação a uma obra, de cerca de 5 milhões de euros, recentemente consignada “em parceria com as Infraestruturas de Portugal, Águas de Coimbra e AdCL e que respeita à construção de duas infraestruturas importantes e estruturantes para a cidade de Coimbra, uma de saneamento de águas residuais, que visa substituir o atual emissário que apresenta um risco muito grande de colapso”, e uma conduta adutora de água para “estabilizar as pressões na zona da Baixa e norte de Coimbra”. Se a obra da Avenida Aeminium não avançasse, esta intervenção “perderia o sentido e manteríamos um problema”, referiu o técnico.

Quando a Câmara Municipal tomou posse administrativa da obra de requalificação da margem direita, por incumprimento por parte da construtora, a AdCL enviou um ofício, endereçado ao então presidente Manuel Machado, “a propor fazer estes trabalhos em simultâneo, numa única empreitada, poupando tempo e dinheiro público”, afirma Mauro Azevedo, dizendo que a carta nunca teve resposta.

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“O PS ignorou durante oito anos este problema, adiando decisões para o futuro e não conversando com a Águas do Centro Litoral para se fazerem as obras da nova adutora. É das situações mais graves que herdámos“, afirmou José Manuel Silva, no final da reunião de segunda-feira.

Quanto ao encerramento ao trânsito, que desta forma de prolongará por mais de um ano e meio, o autarca sustentou: “se calhar também teremos que nos habituar que aquela zona ribeirinha tem que ser mais pedonal do que viária. Teremos que ver no futuro o que poderá ser aplicado e iremos avaliar em função do impacto do Metrobus e da melhoria dos transportes públicos”.

 

Veja o direto NDC com Mauro Azevedo:

Veja o direto NDC:

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