Política

BE pede a António Costa que se pronuncie sobre “afirmações graves” de ministro

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 13-05-2022

O BE acusou hoje o ministro da Economia de ter ignorado a lei portuguesa em “afirmações graves” sobre a exploração de gás, pedindo ao primeiro-ministro que se pronuncie sobre estas declarações porque “o Governo não pode ter duas caras”.

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“O senhor ministro da Economia fez afirmações graves ontem [quinta-feira] durante a audição, ignorou a lei portuguesa que proíbe a exploração de combustíveis fósseis na costa de qualquer região de Portugal e assumiu a representação dos interesses privados a que está associado”, criticou a deputada do BE Mariana Mortágua no final de uma conferência de imprensa para apresentar as propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Em causa as declarações da véspera do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, durante a audição parlamentar de quinta-feira a propósito do OE2022 quando afirmou não ter “parti pris” com projetos de exploração de gás.

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“O Governo não pode ter duas caras. O Governo não pode ter uma cara que protege o ambiente e combate as alterações climáticas e ter outra cara que defende que se perfurem as costas algarvias para poder explorar combustíveis fósseis. Nós entendemos que o senhor primeiro-ministro [António Costa] se deve pronunciar acerca das declarações do ministro da Economia”, desafiou.

Na análise de Mariana Mortágua, Costa Silva “ignora a lei portuguesa e fez afirmações defendendo a exploração de combustíveis fósseis no Algarve”.

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“O senhor ministro da Economia já não é um representante do interesse privado dos combustíveis fósseis. É ministro de um país e de um Governo que suportou uma lei que proíbe estas práticas que são poluidoras e altamente lesivas do interesse público e do ambiente”, afirmou.

Para a deputada do BE, “as afirmações são graves e devem merecer um comentário do senhor primeiro-ministro”.

Na audição de quinta-feira, o ministro da Economia e do Mar disse que não teria quaisquer preconceitos em analisar projetos de exploração de gás que lhe sejam apresentados, pois o que importa é “aquilo que é benéfico para o país”.

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