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Bastonário diz que comunicação entre médicos e ministra da Saúde não tem sido a melhor

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) afirmou hoje em Faro que a comunicação entre a OM e a ministra da Saúde não tem sido a melhor, havendo contactos com o secretário de Estado Adjunto e da saúde.
“A Ordem dos Médicos não tem comunicado diretamente com a senhora ministra da Saúde. A senhora ministra da Saúde nunca se reuniu com a Ordem dos Médicos desde que é ministra neste seu mandato”, revelou Miguel Guimarães.
O dirigente afirmou aos jornalistas que é algo que não lhe parece “bem”, afirmando que nesta altura de pandemia poderia ser “uma oportunidade única” para a ministra se “reunir e reunir as ordens” uma vez que estas “podem ajudar bastante”.
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À margem de uma visita a uma ação de vacinação no Hospital de Faro aos médicos que exercem fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS) o bastonário revelou, no entanto, haver “um ponto focal” no ministério com quem a OM comunica “frequentemente”, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales e que a OM tem tido “reuniões regulares” com o senhor coordenador do plano de vacinação.
Miguel Guimarães realçou que a OM “podia ajudar mais noutras circunstâncias”, como está a fazer agora com a vacinação dos médicos que exercem apenas no setor privado.
Como exemplo, o bastonário apontou as recomendações emanadas pelo “gabinete de crise” da OM que funciona em Portugal “desde o início de janeiro” do ano passado, “quase um mês e meio antes” de terem sido detetados os primeiros doentes com covid-19 no país, realçou.
Os profissionais de saúde “deviam ser mais respeitados”, apontou, realçando que “não têm visto as suas carreiras valorizadas e reconhecidos”, algo que seria “importante que mudasse”.
O responsável chamou a atenção para o facto de não terem sido apenas os médicos de medicina intensiva a “salvam os doentes” e que a “imensa maioria” foi tratada por “médicos de medicina interna” e por um conjunto alargado de outros clínicos que evitaram que esses doentes fossem para os cuidados intensivos.
“Todos estes médicos e enfermeiros deram uma ajuda importante para que país desse a resposta que os portugueses estavam à espera e por isso deveriam ser mais respeitados e valorizados no trabalho que têm”, concluiu Miguel Guimarães.
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