Polícias

Barricado com arma no posto: GNR acaba por se render

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 31-12-2025

Imagem: O Minho

O militar da GNR condenado a 13 anos de prisão por burlas superiores a 400 mil euros e que se barricou na tarde de terça-feira no posto da GNR de Felgueiras entregou-se esta manhã às autoridades.

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O militar entregou-se à GNR pelas 07:40, disse à agência Lusa fonte policial.

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O arguido estava barricado desde as 15:00 de terça-feira no interior do posto da GNR de Felgueiras, distrito do Porto, quando militares da GNR tentaram executar o mandado de condução à cadeia de Tomar, distrito de Santarém, para o cumprimento da pena de 13 anos.

O militar da GNR reagiu mal à execução do mandado de condução, tendo decidido barricar-se no posto por considerar que a decisão judicial ainda não tinha transitado em julgado, alegando estar por decidir um recurso.

A mesma fonte policial acrescentou hoje à Lusa que o militar da GNR entregou-se na sequência do trabalho da equipa de negociadores, acrescentando que o mesmo se encontra bem e que na sua posse tinha uma arma que não a de serviço.

O homem vai ser agora conduzido à cadeia de Tomar.

O militar, colocado à data das burlas no posto da GNR de Fafe, tem 13 anos de cadeia para cumprir por instigar um esquema de burlas superiores a 400 mil euros, que lhe permitiu ter uma vida de luxo, juntamente com a mulher, que era auditora de justiça e futura juíza.

Em novembro de 2022, o Tribunal de Guimarães (tribunal de primeira instância) condenou o arguido por dezenas de crimes de instigação de burla qualificada e por branqueamento de capitais, aplicando-lhe, em cúmulo jurídico, a pena única de 13 anos de cadeia, assim como a proibição do exercício de funções de GNR por um período de cinco anos.

Após recursos, a pena viria a ser confirmada, primeiro, em junho de 2024, pelo Tribunal da Relação de Guimarães, e em março deste ano, pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Na acusação, o Ministério Público (MP) sustentava que o esquema passou por o pai do GNR, “muito conhecido, considerado e com boa reputação na sua área de residência, acolitado pela sua mulher sempre que necessário, pedir dinheiro emprestado a pessoas que nele confiavam, geralmente pessoas de idade, enganando-as com uma simulada situação de urgência e aflição”.

Segundo o MP, através deste esquema de burlas, conseguiram mais de 400 mil euros, os quais permitiram uma vida de luxo ao filho (GNR) e à mulher, auditora de justiça.

Em relação à esposa do militar da GNR, o STJ manteve a pena suspensa de quatro anos e meio a que tinha sido condenada por branqueamento.

Os pais do militar da GNR também foram condenados.

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