Todos já vimos o icónico poste vermelho, branco e azul à porta das barbearias — mas poucos conhecem a verdadeira história por trás deste símbolo universal. O que muitos pensam ser apenas um elemento decorativo esconde, afinal, uma origem surpreendente e até um pouco arrepiante, cuja raiz remonta à Idade Média.
Naquela época, os barbeiros eram muito mais do que profissionais de estética: acumulavam funções de cirurgiões, dentistas e curandeiros. Cortavam cabelo, faziam a barba, mas também arrancavam dentes, tratavam ferimentos e realizavam sangrias — um procedimento médico que consistia em retirar sangue aos doentes, acreditando-se que tal prática ajudava a curar doenças. A Associação Nacional de Barbeiros, nos Estados Unidos, confirma esta multifacetada função histórica.
É precisamente da sangria que nasce o significado do famoso poste. O vermelho representa o sangue; o branco, as ligaduras usadas nos tratamentos; e o mastro simboliza o bastão que os pacientes seguravam durante o procedimento. O azul foi acrescentado mais tarde, sobretudo nos EUA, para evocar as cores da bandeira e dar um aspeto mais moderno ao símbolo.
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A partir do século XVI, a profissão começou a especializar-se. Em Inglaterra, em 1540, os barbeiros foram proibidos de realizar cirurgias, embora pudessem continuar a extrair dentes, marcando o início da separação entre médicos e barbeiros. Com o tempo, o ofício evoluiu até se transformar naquilo que conhecemos hoje: uma profissão dedicada ao cuidado pessoal, estética e bem-estar.
Hoje, o poste de barbeiro é um tributo silencioso à longa e peculiar história da profissão. A National Barbers Association reforça a importância de preservar esse legado, que recorda a evolução não só dos barbeiros, mas também da própria noção de saúde, cuidado e imagem ao longo dos séculos.
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