Coimbra
Azulejos da estação da Lousã foram recuperados pela Infraestruturas de Portugal
Os azulejos centenários da estação de comboios da Lousã foram repostos depois da Infraestruturas de Portugal ter concluído “um conjunto de trabalhos de beneficiação da Estação da Lousã, nomeadamente a conservação e restauro do património azulejar que reveste as fachadas do edifício”.
PUBLICIDADE
Segundo nota enviada ao Notícias de Coimbra, o “edifício com mais de 100 anos de história, a idade avançada e as diversas patologias que se identificaram ao nível do revestimento azulejar, conduziram ao desenvolvimento desta ação, com o objetivo de preservar este património evitando assim uma maior degradação e desgaste dos elementos que o compõem”.
PUBLICIDADE
A intervenção, revela a Infraestruturas de Portugal, foi desenvolvida em duas fases: a primeira, com recurso a mão de obra interna, onde foram realizadas limpezas, estabilizações e consolidações dos azulejos, e a empreitada propriamente dita, numa segunda fase, que contemplou trabalhos de conservação e restauro, nomeadamente, remoção de azulejos em destacamento, limpeza de face nobre e tardoz, colagens, consolidações, tratamento do suporte, preenchimentos, consolidações, reintegrações cromáticas, dessalinização e assentamento”.
A ação incluiu ainda outros trabalhos de reabilitação, nomeadamente a substituição de elementos fraturados e limpeza da cobertura, a pintura de fachadas e o tratamento de cantarias.
A empreitada foi executada pela RC3 – Restauros e Construção, Lda, em parceria com a Cinábrio, Lda, sendo ambas entidades especializadas com intervenções em património histórico.
Em 16 de dezembro de 1906, a Companhia Real, procedeu à abertura à exploração pública do troço de caminho de-ferro entre Coimbra e Lousã.
O edifício de passageiros da Estação da Lousã, inaugurado nessa data, apresenta uma das tipologias arquitetónicas tradicionais, de composição simétrica nas fachadas principal e virada à antiga linha férrea. Corpo central de dois pisos ladeado por dois de um piso e de pequenas dimensões. Coberturas em telhados de quatro águas.
No edifício estão presentes oito painéis de azulejos figurativos e toponímia, da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia, os quais retratam espaços, figuras, monumentos e tradições, perpetuando as memórias das realidades regionais às quais as populações atribuem grande valor histórico e simbólico.
Em 2009, o Ramal da Lousã foi desativado com o objetivo de implementar o sistema de mobilidade do Mondego baseado em metro de superfície, cujo projeto foi atualizado para o sistema metrobus ainda não implementado. Os azulejos da estação da Lousã foram alvo de vandalismo ao longo dos anos de abandono da infraestrutura e foram mais tarde protegidos por estruturas fixas pelo município local.
Related Images:
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE