Crimes

Autista mata por achar que irmã se prostituía e consumia drogas

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 dia atrás em 12-06-2025

Imagem: DR

Alexandre Gonçalves, de 23 anos, foi condenado esta quarta-feira, 11 de junho, pelo Tribunal de Almada a 10 anos de prisão pelo homicídio da irmã, Lara, ocorrido em outubro de 2023, na Moita. O coletivo de juízes reconheceu que o arguido, apesar de ser autista, agiu em plena consciência ao cometer o crime.

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A pena aplicada corresponde ao limite mínimo da moldura penal, que podia chegar até 16 anos. Apesar do diagnóstico de doença mental, os magistrados decidiram que Alexandre cumprirá a pena num estabelecimento prisional comum. Foi também levado em conta que o jovem estava socialmente inserido no momento do homicídio.

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O motivo do crime, segundo o Ministério Público, e citado pelo Correio da Manhã, relaciona-se com as fortes crenças religiosas do arguido, que nunca aceitou o facto de a irmã, de 17 anos, ser consumidora de drogas leves. Para Alexandre, Lara prostituía-se para sustentar o vício, motivo pelo qual acabou por asfixiá-la.

O crime ocorreu na casa da família, na Quinta Fonte da Prata, onde também vivia o pai. Após o homicídio, o jovem deixou o corpo da irmã, que foi encontrado pela avó. Durante a leitura do acórdão, Alexandre não mostrou reação, mesmo ao ver os pais em lágrimas.

O caso chocou a comunidade local e levantou debates sobre a relação entre doença mental, responsabilidade penal e o impacto das crenças pessoais em atos extremos.

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