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Autarca de Coimbra aponta insuficiências no projeto do “metrobus”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 15-11-2021

O presidente da Câmara de Coimbra apontou hoje cinco insuficiências ao projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), no dia em que foi consignada a empreitada de construção do troço Alto de São João/Portagem.

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O SMM “consiste na implementação de um ‘metrobus’, utilizando veículos elétricos a baterias que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra”, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.

“Este é um projeto que herdámos e vamos executar com satisfação, mas não seria exatamente o projeto que este executivo preferiria”, disse José Manuel Silva, na cerimónia que decorreu esta manhã nos Paços do Concelho para a consignação da empreitada do troço urbano entre Alto de São João e a Portagem, em Coimbra, com cerca de 5,2 quilómetros de extensão e um investimento de 23,6 milhões de euros.

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Apesar de saudar o processo e considerar o dia marcante, por ser a primeira intervenção no espaço urbano, o autarca, eleito em setembro, não se coibiu de dizer que o seu executivo “não se revê totalmente” no projeto.

O presidente da Câmara de Coimbra salientou que posição do município foi o de apoiar e “não atrasar a evolução do projeto, na medida em que grande parte das soluções aprovadas já serão irreversíveis, não se podendo pôr em causa a execução das obras dos programas de investimento”.

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“Não podendo ser por razões temporais e financeiras integradas nesta empreitada, justificam a abertura de um conjunto complementar de dossiers, de maneira a melhorar o desempenho do projeto global”, sublinhou.

Segundo José Manuel Silva, o projeto SMM devia considerar a reposição da paragem do Alto de São João, o aprofundamento da integração funcional ao longo de toda a linha, em particular na Praça 25 de abril e a articulação da paragem do ‘metrobus’ aos táxis, transportes urbanos e transportes rodoviários suburbanos.

Por outro lado, acrescenta, o projeto devia repensar a funcionalidade, segurança e dignidade da paragem da Câmara e a “necessidade indiscutível de servir o polo I da Universidade de Coimbra, que é um dos maiores polos de atração de viagens, à semelhança dos Hospitais”.

“Finalmente, a estação de Coimbra B. o avanço da solução aprovada não poderá colocar em causa a viabilidade da passagem e paragem da alta velocidade em Coimbra B, que tem de fazer parte da autoestrada Lisboa-Porto, pelo que importa revisitar e consolidar o estudo prévio já aprovado em 2010 e objeto de parecer favorável”, defendeu.

Das quatro empreitadas que integram o projeto do SMM, está em execução a obra do lanço entre Serpins e o Alto de São e agora tem início a intervenção entre Alto de São João e Portagem. As empreitadas dos troços urbanos da Portagem a Coimbra B e a Linha do Hospital deverão ser consignadas no primeiro trimestre de 2022.

“Hoje damos mais um passo para a materialização deste projeto 11 anos depois da população ter ficado sem comboio no Ramal da Lousã, entre Coimbra e Serpins, esperando que consolide a esperança numa melhor mobilidade”, disse o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, que presidiu à cerimónia.

A empreitada entre Alto de São João e Portagem, hoje consignada, visa a adaptação da infraestrutura do antigo Ramal da Lousã, com a criação de faixa de circulação de dois sentidos com largura de sete metros e construção de 10 paragens com dupla plataforma.

O SMM prevê um investimento global superior a 140 milhões de euros, dos quais 40 milhões se destinam à aquisição de material circulante, cujas propostas decorrentes do concurso público se encontram em análise.

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