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Política

Autarca da Pampilhosa da Serra diz que “o PAN fala tanto sobre a natureza mas só faz campanha em Lisboa e Porto” (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 22-01-2022

O presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, pediu esta sexta-feira a palavra na iniciativa “Conversas Centrais”, sobre o Ambiente,  que concluiu o dia de campanha social-democrata, com a presença de Rui Rio, na Praça da Canção, em Coimbra,  para criticar o PAN e o centralismo.

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“Falar sobre ambiente no distrito de Coimbra, mal ficaria se a Pampilhosa não pedisse a palavra”, começou por dizer o autarca. “Contrariamente ao que muitos outros partidos fazem, como por exemplo o PAN, fala tanto sobre a natureza, mas só o vejo a fazer campanha em Lisboa e no Porto”, acrescentou, sublinhando que “há muitos anos que o PSD é o principal defensor das questões ambientais e da natureza”.

“Para muitas pessoas parece que o interior é uma chatice. Mas na verdade é deste interior que continua a vir a água para abastecer as grandes cidades, que vem a grande produção da energia hídrica e eólica e até pelos vistos a questão da exploração do lítio”, referiu Jorge Custódio, questionando Rui Rio sobre a posição em relação “à prospeção que irá danificar a natureza no seu estado puro e bruto”.

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Raúl Almeida, autarca de Mira, aproveitou a oportunidade para demonstrar a sua preocupação sobre a erosão costeira, o avanço do mar e as alterações climáticas.

Paulo Leitão, presidente da distrital do PSD de Coimbra, referiu-se à disparidade dos preços da água no território do distrito. “Se não estivéssemos num inverno tipicamente seco o local onde estamos estaria inundado”, sublinhou o responsável, perguntando a Rui Rio: “se for necessário uma obra de retenção hidráulica estará o Governo do PSD disposto a avançar com as medidas necessárias para que Coimbra não continue debaixo de água?”.

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A eurodeputada Lídia Pereira, também presente na sessão, abordou a “escalada dos preços da energia”, perguntando se “as alternativas como o hidrogénio e o nuclear são viáveis, numa altura em que é preciso descarbonizar” e num país “com salários baixos e impostos altos”.

Rio aproveitou e apontou críticas ao negócio da venda de barragens pela EDP, considerando “uma vergonha” que a empresa não tenha pagado imposto de selo. “Não estou a culpar em nada a EDP, a EDP está a fazer o papel que lhe compete, quem eu estou a responsabilizar é o Governo, que deveria obrigar ao cumprimento da lei”, ressalvou. “Como é que um Governo que anda à cata de todos os impostos e mais alguns, é forte com os fracos e fraco com os fortes”, criticou.

Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar e coordenador do Conselho Estratégico Nacional do PSD para o Ambiente e Energia, respondeu às questões mais técnicas, defendendo, quanto à erosão costeira, “uma mudança de atitude” e “não estar à espera que aconteçam as desgraças” e, entre as medidas propostas, elencou “operações de manutenção” como, por exemplo, “‘shots’ de areia para alimentar as praias”. Referiu ainda que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o Governo “não afetou nem um euro” para este problema da erosão costeira, o que classificou “como uma vergonha”.

Quanto ao lítio, disse perceber as “mais-valias”, mas salientou que o PSD olha para os três vetores da sustentabilidade “com a mesma importância” e que tem que contar “a componente ambiental, economia e social”. Referiu ainda que o PSD não tem “esse fanatismo de dizer não” e frisou que “tem de haver mais-valia para a comunidade local”.

Quanto ao hidrogénio, disse que “tem o seu lugar”. “Hidrogénio sim, mas não da maneira como o PS está a perspetivar. Aliás aquela estratégia nacional de hidrogénio, que foi aprovada, tem o cunho de grandes empresas e grandes interesses, eles não ouviram os partidos, não falaram com a comunidade”, referiu.

“Hoje num programa eleitoral para quatro anos, sobre o nuclear, a nossa resposta é não, obrigado, mas estamos atentos ao que pode acontecer num futuro próximo, temos de acompanhar essa evolução, mas naturalmente não temos fanatismo sobre qualquer tipo e matéria”, apontou.

Salvador Malheiro referiu-se ainda à questão da água, salientando que, no pico do Inverno, as reservas estão a “níveis extremamente baixos” e apontou que, sem chuva, se pode vir a “ter um problema gravíssimo”.

A ação dedicada ao ambiente marcou o encerramento do dia de campanha do PSD em Coimbra.

Veja o direto NDC com a iniciativa Conversas Centrais do PSD, na Praça da Canção:

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