Coimbra

Aumento dos combustíveis deixa transporte de doentes não urgentes em risco no distrito de Coimbra (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 24-03-2022

O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra (FBDC), Fernando Carvalho, denunciou hoje, em conferência de imprensa, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, que o transporte de doentes não urgentes está em risco devido ao aumento dos preços dos combustíveis que está a deixar corporações sem capacidade de endividamento. 

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“Por causa do aumento escandaloso dos combustíveis este problema gravíssimo veio ao de cima, há neste momento associações que devem seis, sete meses de combustíveis aos fornecedores”, disse Fernando Carvalho, que se fez acompanhar dos comandantes dos Voluntários da Figueira da Foz, Jody Rato, do de Oliveira do Hospital, Emídio Camacho, e do de Brasfemes, Horácio Ferreira, além de Acácio Monteiro, presidente da Associação Humanitária da corporação de Brasfemes.

Das 21 corporações de bombeiros voluntários do distrito de Coimbra, “muito perto da totalidade vive dificuldades gravíssimas”, referiu o também presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Serpins. “Já esgotaram a sua capacidade endividamento, com uma agravante: o Ministério da Saúde paga quando quer. Temos a panela de pressão praticamente a rebentar, seremos obrigados a deixar de fazer este tipo de transportes não urgentes”, alertou. 

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“Pela função que desempenhamos não podemos continuar a estender a mão à caridade”, afirmou Fernando Carvalho, mostrando-se revoltado com os “elogios baratos” que os Governantes fazem sempre que há um aniversário ou uma cerimónia. A FBDC queixa-se de falta de apoios e apela a uma intervenção imediata, lembrando que o valor de 0,51€ pago por quilómetro, pela tutela foi acordado em 2012 – há uma década.

Para Fernando Carvalho casos  como o de Cantanhede, que já anunciou a suspensão do serviço de transporte de doentes não urgentes, são gritos de alerta. “Temos de deixar de andar aqui a fazer de conta que as coisas estão a correr bem porque não estão, nos últimos anos”. Sublinhando que as corporações têm perdido muitos bombeiros nos últimos anos, porque não apresentam condições competitivas, o representante dos bombeiros do distrito exige que sejam implementadas “medidas de fundo”, acusando “o Estado de não ter um plano efetivo de resolução destes problemas”. 

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Veja o direto NDC com Fernando Carvalho, presidente da FBDC:

 

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