Coimbra

Atual ano letivo no ensino superior pode prolongar-se até fim de julho

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 01-05-2020

 O atual ano letivo no ensino superior pode prologar-se até ao fim de julho, devido à covid-19, indicou hoje o Governo, admitindo que as aulas presenciais, quando possíveis, possam ser dadas à noite, aos fins de semana e feriados.

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior reforçou hoje recomendações às universidades, institutos politécnicos e escolas superiores, quando Portugal se prepara para cessar o estado de emergência, no sábado, e ficar em estado de calamidade, no domingo, situação que se traduz na aplicação faseada de medidas de desconfinamento, hoje aprovadas pelo Governo.

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Universidades, institutos politécnicos e escolas superiores estão encerrados desde 16 de março, na sequência das medidas excecionais e urgentes decretadas pelo Governo para conter a pandemia da covid-19, com as aulas a fazerem-se à distância.

As recomendações hoje divulgadas pela tutela, em comunicado de imprensa, reforçam uma orientação emitida em 17 de abril para que as instituições científicas e de ensino superior reativem faseadamente as atividades letivas e não letivas presenciais a partir de segunda-feira.

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O Governo recomenda “a necessidade de assegurar a conclusão do corrente ano letivo em prazos tão próximos quanto possíveis do que se encontrava previsto no calendário escolar, evitando impactos negativos sobre o próximo ano letivo”.

Contudo, admite que deve ser facilitado “o prolongamento dos atuais calendários até ao final de julho, sempre que assim seja justificado”.

A retoma, quando possível, das atividades letivas presenciais, como aulas práticas e laboratoriais, avaliação e estágios, deve ser feita adequando os espaços ao número de alunos e desdobrando horários, incluindo a “extensão de horários letivos para períodos noturnos ou dias não úteis”, refere a mesma nota de imprensa do Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior.

De acordo com a tutela, os eventos não letivos com mais de 10 pessoas estão proibidos, devendo o atendimento público dos serviços ser feito mediante marcação prévia.

Na “preparação e planeamento antecipado” do próximo ano letivo (2020-2021), as universidades, institutos politécnicos e escolas superiores devem adaptar “as horas de contacto com estudantes, reconfigurando, dentro dos limites legais, as cargas letivas existentes”.​​​​​​​

As recomendações às instituições de ensino superior, que gozam de estatuto de autonomia, estendem-se ao uso “por todos” de máscaras, à “aplicação regular” de gel infetante, à desinfeção de recintos e à adaptação de instalações e trajetos.

A orientação de 17 de abril, emitida pelo gabinete do ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, dava até ao dia de hoje para as instituições científicas e do ensino superior elaborarem “planos para levantamento progressivo das medidas de contenção”, incluindo “a reativação faseada” de atividades letivas e não letivas presenciais.

Segundo o documento, as instituições devem “estar preparadas para a sua concretização faseada” a partir de segunda-feira.

O ensino à distância e o teletrabalho, que se faz desde meados de março, deve ser combinado, “sempre que possível”, de forma gradual, com “atividades presenciais”, tais como aulas práticas e laboratoriais, avaliação e estágios, assinala a orientação.​​​​​​​

Na terça-feira, o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, disse, no parlamento, que as universidades e os institutos politécnicos estavam preparados para fazer o levantamento progressivo das medidas de contenção.

No entanto, na audição, deputados do PSD e BE invocaram a incapacidade manifestada por dirigentes das instituições de ensino superior em retomarem progressivamente as aulas presenciais a partir de segunda-feira.

 

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