Na EXPOFACIC, o stand da Atrapalharte é palco de histórias e sonhos. Com um sorriso e um toque de humor, Diogo Carvalho, diretor da companhia, fala com o Notícias de Coimbra sobre o projeto que o acompanha há mais de uma década: o musical “Amália Dona de Si”.
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Diogo explica que o musical nasceu no segundo confinamento da pandemia, mas o sonho era antigo: “Quando eu tinha 14 anos, disse que gostava de fazer um musical sobre a Amália Rodrigues. Sempre gostei de ouvir fado e admirei a vida da Amália, uma mulher à frente do seu tempo, emancipada. E fascinava-me a voz dela.”
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A concretização do sonho aconteceu quando Diogo já tinha 28 anos, juntando forças com parceiros como a Academia de Música de Coimbra e o CEARTE, que desenhou os figurinos de alta costura do espetáculo. “Tenho um figurino que me custou uma fortuna e não o vendo. É uma relíquia que, se eu morrer, tem de ir para o Museu Nacional do Teatro”, revela.
Apesar de ser natural de Coimbra, Diogo confidencia a sua tristeza por não ter conseguido estrear o musical na sua cidade: “Desafiei a Câmara de Coimbra para o centenário da Amália, mas disseram que não havia lugar para o espetáculo. A Figueira da Foz aceitou logo e foi lá que estreei.”
O espetáculo esteve em tournée pelo país, passou pelo Brasil e encerrou a temporada em Cantanhede, no início de 2023. Sobre a receção do público e das críticas, Diogo mostra-se sereno: “Foram dois anos intensos. Houve críticas boas e menos boas, mas o que interessa é falar. Como dizem, falem bem ou mal, desde que falem. Há muitos puritanos, muitos ‘viúvos da Amália’, que criticam tudo, mas o nosso objetivo foi sempre dar a conhecer a vida dela.”
Quanto ao futuro, Diogo anuncia: “A Atrapalharte comemora 13 anos e, a 18 de outubro, vamos apresentar ‘Velhos São os Trapos’ no Conservatório de Coimbra, com a cantora Micaela. Vamos encerrar uma temporada e lançar a saga ‘Velhos São os Trapos 2’, uma comédia musical fantástica.”
Além disso, prepara estreias para toda a família, como “A Bela Adormecida, o musical” e “Natal das Bruxas”. “Comprámos os direitos de um musical da Broadway sobre Chaplin, que vai estrear em 2026 ou 2027. Também vamos levar ao palco ‘Cabaré da Irmã Anita’, uma comédia musical hilariante,” revela.
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