Uma década após um dos crimes mais chocantes nos Estados Unidos, Ellie Wilkins, hoje com 37 anos, partilha a sua notável jornada de sobrevivência e cura. Em março de 2015, quando estava grávida de sete meses, a jovem de 26 anos foi vítima de uma emboscada que quase lhe custou a vida e resultou na perda da sua filha.
O ataque ocorreu a 18 de março de 2015, na sequência de um encontro marcado através de um anúncio online para a compra de roupa pré-natal em segunda mão. Ao chegar à casa da vendedora, Dynel Lane, de 34 anos – que fingia estar grávida –, Ellie foi violentamente agredida e ficou inconsciente. Lane, numa tentativa desesperada de roubar o bebé, cortou a barriga de Ellie e retirou-lhe a filha do útero. A bebé, que seria chamada Aurora, perdeu a vida de imediato.
Ellie Wilkins perdeu mais de 40% do seu sangue e ficou em estado crítico. Ao recuperar a consciência, sozinha e gravemente ferida, percebeu a gravidade da situação. “Pensei: ou fico aqui e morro, ou levanto-me e sobrevivo”, recordou numa entrevista à revista People. Num esforço sobre-humano, conseguiu pedir ajuda às autoridades.
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A investigação revelou que Dynel Lane havia simulado uma gravidez durante meses. Após o ataque, levou a bebé sem vida para o hospital, alegando ter tido um aborto espontâneo em casa. Contudo, os médicos rapidamente desconfiaram e as autoridades confirmaram que a criança era filha de Ellie. Dynel Lane foi condenada a 100 anos de prisão por tentativa de homicídio, agressão e interrupção ilegal de gravidez.
Apesar da brutalidade do crime, Ellie Wilkins sobreviveu. Passou dias nos cuidados intensivos e enfrentou meses de dolorosa recuperação física e psicológica, lidando com stress pós-traumático e a dificuldade em voltar a confiar.
Dez anos depois, Ellie, que vive em Boulder, Colorado, dedica-se a partilhar uma “história de cura” em vez de trauma. Está novamente apaixonada, planeia a maternidade e trabalha no apoio a equipas de emergência e a pessoas em recuperação emocional. Na sua casa, guarda uma fotografia e um pequeno coração de vidro com as cinzas da filha Aurora, transformando a dor em força.
“Sinto-me grata pela vida que tenho e por tudo o que aprendi desde então”, confessou à People, afirmando que a sua história é “uma prova de que é possível sobreviver e voltar a amar.”
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