Cinema

Atores de Hollywood decidem entrar em greve se não houver acordo com estúdios

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 06-06-2023

O sindicato que representa mais de 160 mil atores e apresentadores de cinema, rádio e televisão de Hollywood decidiu entrar em greve se não conseguir um novo acordo com os estúdios até 30 de junho.

A decisão foi ratificada na segunda-feira à noite por 98% dos cerca de 65 mil votos e as negociações devem começar na quarta-feiraentre o sindicato SAG-AFTRA e a lliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), que representa os estúdios da Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner Bros. Discovery, NBC Universal, Paramount e Sony.

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As reivindicações dos atores são semelhantes às dos argumentistas, que entraram na sexta semana de greve, após o sindicato do Writers Guild of America (WGA) ter falhado um acordo remuneratório com os produtores de cinema e televisão.

Os atores, muitos dos quais demonstraram apoio aos argumentistas na sua luta com os grandes estúdios, pedem também uma melhoria nas condições de trabalho e nos salários, que consideram estarem desajustados face à inflação e ao crescente papel das plataformas de ‘streaming’.

Além disso, os atores demonstraram preocupação com o uso de imagens geradas por inteligência artificial e com a gestão dos direitos de voz e imagem.

A última vez que os atores de Hollywood entraram em greve foi no ano 2000.

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Já no que toca aos argumentistas, a última greve que o sindicato fez foi em 2007 e durou mais de um mês, resultando num prejuízo de 2,1 mil milhões de dólares (1,91 mil milhões de euros) para a indústria audiovisual norte-americana e no despedimento de 37 mil profissionais.

O WGA exige cerca de 600 milhões de dólares (546,2 milhões de euros) em aumentos salariais e outros benefícios para os argumentistas, como a compensação que um membro da equipa recebe sempre que o produto volta a ser transmitido na televisão e que, segundo a organização, tem sido reduzida pelas plataformas de ‘streaming’.

A greve foi determinada após o falhanço das conversações entre o sindicato que representa 11.500 argumentistas e a AMPTP.

O WGA pede aumentos de 5% e 6%, mais argumentistas para cada produção, um mínimo de 10 semanas de emprego por ano, limites à utilização de inteligência artificial na escrita de guiões e uma renegociação dos pagamentos residuais no ‘streaming’.

O sindicato calculou que este pacote aumenta em 429 milhões de dólares (389 milhões de euros) os pagamentos anuais. A contraproposta dos estúdios vale apenas 86 milhões de dólares (78 milhões de euros).

Os efeitos da greve dos argumentistas já se estavam a fazer sentir na indústria, obrigando à suspensão da produção de séries como “Stranger Things”, “Cobra Kai” ou “The Last of Us”.

Uma eventual greve dos atores pode complicar ainda mais o desenvolvimento de novas produções em Hollywood.

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