Mães expressaram o seu descontentamento e ponderam aumentar o tom do protesto.
Anabela Santos, Isabela Lucas, Filipa Mateus e Cláudia Santos são mães de atletas de Ginástica Rítmica no Centro Norton de Matos. Algumas das filhas são atletas de Alto Rendimento que já obtiveram alguns títulos nacionais na modalidade.
Todas elas ficaram indignadas e chocadas quando souberam, através da comunicação social, que a única modalidade olímpica desta modalidade tinha ficado de fora do novo Centro Municipal de Ginástica Carlos Cidade que foi inaugurado no dia 2 de setembro junto à Casa Municipal da Proteção Civil (Vale das Flores).
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Em entrevista ao Notícias de Coimbra, as encarregadas de educação afirmam que essa “era uma promessa que já tinha há algum tempo, em que nós iríamos ter um complexo onde pudessem realmente melhorar as suas capacidades”.
“Neste momento, o treino é feito ou no Pavilhão Municipal Mário Mexia ou numa sala aqui ao lado com todas as condicionantes”, esclareceram.
Apesar do espaço naquele recinto desportivo municipal ser “espetacular”, há queixas relativamente à logística de utilização do espaço, havendo mesmo alturas em que sentem “que não somos bem recebidos”.
“A ginástica rítmica é uma imposição, é isso que se sente, foi imposta ali e ninguém a quer ali, é essa a impressão que nos dá”, afirmaram.
Veja a entrevista NDC com as mães das atletas
Em resposta às questões levantadas, o município de Coimbra esclareceu que “o Complexo Municipal de Ginástica Carlos Cidade resulta de um projeto herdado do anterior executivo, que definiu, desde logo, as modalidades que o equipamento deveria acolher: ginástica acrobática e trampolins”.
“O atual executivo não teve qualquer intervenção nesse processo, no desenho técnico do equipamento ou na definição das disciplinas abrangidas. Conhecemos essas limitações e, por isso, avançámos com a elaboração do Plano Estratégico Municipal de Desenvolvimento Desportivo, documento que se encontra em curso e que permite, de forma fundamentada e com a participação de clubes, associações e cidadãos, identificar as reais necessidades do concelho e planear novas infraestruturas desportivas. Importa sublinhar que este executivo reconhece a relevância da ginástica rítmica (como de todas as outras disciplinas) e que está a avaliar soluções adequadas para estas e para outras modalidades que continuam sem infraestruturas próprias e que fazem parte do vasto ecossistema desportivo existente nos territórios do município”, referem.
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