Um grupo de ativistas pró-Palestina manifesta-se esta quinta-feira, 23 de outubro, em Coimbra contra o evento Coimbra Tech Challenge, que reúne startups e empresas, incluindo algumas de origem israelita.
A ação decorre junto à Câmara Municipal de Coimbra, e faz parte de uma série de protestos iniciados no dia 20 de outubro, em locais como o Instituto Pedro Nunes (IPN) e a Universidade de Coimbra.
Segundo os ativistas, o evento estaria a ser realizado com secretismo, sem divulgação clara das empresas participantes ou do programa completo, o que levanta questões sobre transparência. “Não foram capazes de nos dizer quais empresas são, nem o programa do evento. Apenas sabemos que a organização está ligada a Israel, com membros do júri também israelitas”, afirmou Dora Lemos, porta-voz do movimento.
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O grupo explica que se opõe à presença de empresas israelitas no evento devido às violações do direito internacional cometidas por Israel, incluindo ocupação de territórios e crimes contra a humanidade. Os ativistas dizem que Portugal deveria condicionar o apoio a startups israelitas à observância dos direitos humanos e à resolução pacífica do conflito israelo-palestino.
Durante o protesto, os ativistas exibiram um pano com mechas vermelhas, simbolizando o sangue de crianças vítimas do conflito, e leram um manifesto com perguntas concretas sobre o evento: critérios de seleção das empresas, objetivos do programa e justificativa para o sigilo em torno das informações.
O Coimbra Tech Challenge, que termina hoje, é organizado pelo Instituto Pedro Nunes e conta com patrocinadores como Grupo Vizabeira, Brisa, Santander e Moraes Leitão. De acordo com a organização, o evento visa apoiar startups e promover a inovação na cidade.
Os ativistas afirmam que continuarão a protestar até que haja transparência sobre o evento e uma posição clara das autoridades sobre a participação de empresas ligadas a Israel.
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