Coimbra

Atelier do Corvo abre ateliê em Coimbra. “aLoja” fica na zona da Conchada

António Alves | 5 meses atrás em 12-12-2024

O Atelier do Corvo decidiu abrir um ateliê em Coimbra. O espaço, denominado “aLoja”, fica no cruzamento da Rua Guerra Junqueiro com a Rua de Saragoça na zona da Conchada.

Carlos Antunes e Désirée Pedro são os responsáveis do Atelier do Corvo. Conhecidos pela ligação ao Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e à Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, os dois arquitetos dividem muito do seu tempo entre Coimbra e o lugar do Corvo, no concelho de Miranda do Corvo.

Depois de quase 30 anos no concelho mirandense, “achamos que era a altura de poder ter um espaço em Coimbra”, afirmou, ao Notícias de Coimbra, Carlos Antunes.

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A ideia era criar um ateliê diferente daquele que têm em Miranda do Corvo. Foi então que surgiu a ideia de criar um espaço onde pudessem receber, para além dos seus protótipos, objetos que permitam refletir sobre a sua importância.

“A última coisa que nós queremos é que este ateliê seja visto como uma loja de design”, frisou Carlos Antunes. Aliás, o diretor da Bienal de Arte Contemporânea explicou que o espaço pode ter “coisas em comum” com esse tipo de lojas onde “se compram e se vendem coisas que nós desenhámos e que outros desenham”.

“O que nos importa é esta reflexão sobre o que são estes objetos, que podem ser desenhados por qualquer pessoa e não estamos nada reféns da condição de ter apenas designers a desenhar coisas”, afirmou.

Imagens de algumas peças que estarão em exposição na aLoja do Atelier do Corvo

“Alguns objetos perturbam a ordem das coisas” é o título da exposição que abrirá a “aLoja” do Atelier do Corvo em Coimbra.

“Quem nos visitar pode encontrar uma série de objetos desenhados por nós para situações particulares que foram feitas especificamente para uma obra, um projeto especial, mas também objetos que resultam de coisas que foram encontradas e em que olhamos para elas para voltar a dar um ressignificado”, afirmou Désirée Pedro.

Por outro lado, “muitas das coisas aqui expostas nem sequer estarão à venda, porque são visões das artes plásticas”, como explicou Carlos Antunes.

Na primeira mostra, é possível encontrar, por exemplo, um fogão portátil ou, até mesmo, um calço de travão de um carro em madeira e que o artista Pedro Cabrita Reis encontrou caído numa estrada em Cuba.

A inauguração tem lugar no sábado, 14 de dezembro, pelas 19:00. A “aLoja” do Atelier do Corvo irá estar de portas abertas de quarta a sexta-feira entre as 09:00 e as 19:00 e, nos restantes dias, por marcação.

Veja o Direto NDC com Carlos Antunes e Désirée Pedro

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