Um homem, de 25 anos, ateou vários focos de incêndio, durante cinco meses, na Quinta dos Vais, em Buarcos, na Figueira da Foz. Vai agora ser julgado no Tribunal de Coimbra.
O arguido dizia à namorada para alertar as autoridades, ou fazia ele próprio fazia o contacto, mas através do telemóvel da jovem. No total, vai responder pela prática de cinco crimes de incêndio florestal.
De acordo com a acusação do Ministério Público, consultada pelo Correio da Manhã, o homem ligou para os bombeiros “quatro vezes” através da namorada. Apenas uma chamada telefónica foi feita pelo arguido, que usou o telemóvel da companheira.
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O suspeito, empregado de mesa, ateou a maior parte dos fogos à noite com recurso a isqueiro. Segundo a acusação, “só dava o alerta depois de se certificar que as chamas se estavam a propagar, lavrando pelas áreas de mato e pinhal”.
O despacho refere que, em todas as situações, “se não fosse a pronta intervenção dos bombeiros, atenta as características do local, o fogo poderia ter alastrado à área florestal povoada de árvores e mato, a uma casa de habitação e a diversas construções devolutas do Centro Ecuménico dos Vais”. A acusação considera ainda que “colocou em risco a vida de pessoas”, lê-se na notícia.
À Polícia Judiciária, que deteve o arguido, admitiu a autoria de cinco focos de incêndio, que “ateou na erva seca”. Porém, no primeiro interrogatório judicial, optou por permanecer em silêncio.
Mas a namorada afirma ter conhecimento das ignições, tendo presenciado algumas, que “ocorriam sempre às sextas-feiras e aos sábados quando deixavam o café e se dirigiam para casa”, revela.
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