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Ataques em Moçambique: Portugal avisa que violência contra crianças deve provocar “sobressalto cívico”

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 04-07-2021

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, Francisco André, considerou hoje, após uma visita a um campo de deslocados, que a forma como o conflito em Cabo Delgado, Moçambique, afeta as crianças deve motivar um “sobressalto cívico” para mobilização de maiores ajudas.

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A situação “deve causar em nós um sobressalto cívico para nos empenharmos muito na resposta a este drama humanitário que aqui se vive”, referiu, admitindo que uma geração pode estar em risco no norte de Moçambique.

O governante falava em Metuge, um dos distritos de Cabo Delgado que acolhe muitos dos 732.000 deslocados do conflito armado que assola a região há três anos e meio – com alguns ataque reivindicados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico e com um total de mortes estimado em cerca de 3.000.

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Estima-se que cerca de metade dos deslocados sejam crianças que assistiram a assassínios e perseguições brutais e que agora estão privadas de escolas, habitação e alimentação, tal como os adultos.

“É chocante ver as condições em que vivem muitas destas crianças”, referiu Francisco André, em contraponto com as que têm condições de vida noutras paragens.

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“É muito importante percebermos que há muitas outras realidades”, como as do norte de Moçambique, “que devem suscitar empenho e energia para podermos ajudar”, acrescentou.

O secretário de Estado português aproveitou para destacar o instrumento de resposta rápida do instituto Camões, que permite apoiar projetos como a iniciativa Karibu, desenvolvida pela organização Helpo em Pemba – capital provincial de Cabo Delgado – e assim “dar esperança e educação a crianças deslocadas”.

Em Metuge, Francisco André disse ter ficado com um retrato importante para continuar a dinamizar formas de apoio humanitário.

“As necessidades continuam a ser muito grandes, há falta de acesso a serviços básicos”, referiu Alexandra Ferro, membro da Organização Internacional das Migrações (OIM) no local e que acompanhou a visita de hoje.

Os centros de acolhimento de deslocados são dirigidos pelo Governo moçambicano com apoio de agências e organizações humanitárias.

Já no sábado, na chegada a Cabo Delgado, Francisco André pediu o envolvimento de outros países da União Europeia (UE) no apoio a Moçambique face à violência armada no norte.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português vai trabalhar em Moçambique até quarta-feira e, além de visitar Cabo Delgado, tem previstos encontros com membros do Governo na capital moçambicana, reuniões que vão preparar a próxima cimeira bilateral, bem como a negociação do próximo Programa Estratégico de Cooperação 2022-2026.

Na segunda-feira será também assinalada “a chegada do primeiro lote de vacinas contra a covid-19” doadas por Portugal a Moçambique, segundo uma nota divulgada pelo gabinete secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português.

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