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Associações empresariais do distrito de Coimbra temem encerramento das microempresas

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 24-03-2020

 As associações empresariais de Lousã, Miranda do Corvo, Vila Nova de Poiares e Penela, no distrito de Coimbra, temem que a crise provocada pela pandemia da covid-19 leve ao encerramento de grande parte das microempresas, foi hoje anunciado.

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“Se nada for feito, veremos o fim de grande parte das microempresas, que representam mais de 80% do tecido empresarial em Portugal (empresas com menos de 10 funcionários e até dois milhões de euros de volume de negócios), e tememos que de seguida também se verifique o fim das de pequena e média dimensão”, referem as quatro estruturas, em comunicado enviado à agência Lusa.

Para a Associação Empresarial Serra da Lousã, Associação Empresarial de Poiares, Clube de Empresários de Miranda do Corvo e Núcleo Empresarial de Penela, as medidas económicas anunciadas pelo Governo para responder à crise não “irão salvar as empresas e os seus postos de trabalho”.

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As empresas “precisam de liquidez de imediato e, nesse sentido, foi um erro a cobrança do IVA mensal a 15 de março, apesar de dizer respeito ao período anterior”.

“Foi um absurdo anunciar-se o adiamento do pagamento da Segurança Social de 20 de março, só no dia 19, pelo tratamento desigual que revelou”, consideram.

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“O que nos deixa ainda mais incrédulos é o facto de que, quando os bancos têm falta de liquidez, somos todos chamados a contribuir. O BCE em 2008 injetou no setor bancário cerca de 95 mil milhões de euros”, acrescentam.

As quatro estruturas entendem que o Governo deveria avançar para um “’layoff’ simplificado, sem referência a dois meses de quebra de faturação, e assumidos os custos com remunerações a 100%, através do fundo de compensação”.

Defendem moratórias imediatas para rendas de lojas fechadas, com compensação fiscal aos senhorios, nas prestações bancárias, nos serviços relacionados com consumo de água, energia, comunicações e nos impostos.

Nas medidas propostas, consta também o “pagamento imediato, pelo Estado, das dívidas atrasadas a fornecedores, com compromisso destes de usarem este dinheiro para pagar fornecedores e funcionários”.

As associações propõem que o Estado injete na economia os apoios já aprovados e outras medidas do IEFP (antecipar os pagamentos), forneça os valores de todos os pedidos de pagamento já efetuados ao abrigo dos programas do Portugal 2020 e implemente prémios de execução, a fundo perdido na ordem dos 50%, para metas de manutenção e criação de emprego.

Por último, defendem medidas efetivas para o turismo e manutenção dos seus postos de trabalho, e para o comércio a retalho e por grosso de bens não essenciais que deixaram de escoar os produtos.

“O Governo deve deixar-se de medos para assumir que estamos em estado de emergência e que é necessário injetar dinheiro na economia”, sublinham.

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