Associação de Vítimas do Incêndio debate ação contra o Estado
A Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, criada após os fogos de 15 de outubro, que mataram 45 pessoas na região Centro, avalia hoje a possibilidade de avançar com uma ação coletiva contra o Estado.
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Na primeira Assembleia Geral da organização, que se realiza a partir das 20:30 no auditório da Caixa de Crédito Agrícola de Oliveira do Hospital, estará em debate novas formas de luta e, além da possibilidade de se avançar com uma “ação coletiva contra a Estado”, ponderar-se-á igualmente sobre “outros instrumentos para fazer regressar a justiça às soluções que estão e não estão a ser apresentadas”.
O presidente da associação, Luís Lagos, já rejeitou anteriormente a “discriminação nos apoios” à recuperação da economia do Interior, onde a agricultura tem um “tratamento diferenciado” relativamente à indústria.
Lagos também criticou as ajudas do Estado à economia afetada pelos incêndios de outubro, recusando que os empresários do Interior sejam tratados “como portugueses de terceira”.
“Temos de fazer com que uma tragédia destas nunca mais aconteça e o que o Estado assuma as suas responsabilidades, porque o que se passou foi incúria de vários governos”, disse à agência Lusa Luís Lagos, no dia 03.
O 15 de outubro foi o pior dia de incêndios deste ano, segundo as autoridades, tendo sido registados mais de 500 incêndios em todo o país, provocando 45 mortos, cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais em estado grave, e obrigando ainda à evacuação de localidades e ao realojamento de populações.
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