Educação

Associação quer garantir ensino à distância para idosos

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 11-04-2021

A Associação Nacional de Gerontologia Social quer garantir ensino à distância para idosos referenciados com uma universidade sénior virtual, um projeto de resposta às medidas de distanciamento social motivadas pela pandemia de covid-19, mas atrasado e dificultado pelo confinamento.

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“É possível haver este regime à distância, temos é de nos preparar para isso. Tem de haver um esforço contínuo para estarmos adequados aos tempos que correm”, disse Ricardo Pocinho, presidente da associação.

O projeto, denominado Academia Sénior ANGES Solidária (ASAS), foi concebido em janeiro, mas o confinamento motivado pela pandemia de covid-19 adiou o seu arranque. O presidente da ANGES prevê que “vai ser implementado mal termine o estado de emergência”.

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Ricardo Pocinho adiantou que a universidade sénior virtual vai ser, desde já, implementada em Braga e na Mealhada (distrito de Aveiro), onde já foram referenciados 20 alunos em cada autarquia, que irão participar na fase piloto do projeto.

Porém, avançou também que a Associação Nacional de Gerontologia Social (ANGES) tenciona, no futuro, que “o país se envolva neste projeto, as autarquias também”, além das cidades de Braga e Mealhada.

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Segundo o presidente da associação, a Academia Sénior ANGES Solidária conta com “três psicólogos, que vão falar todas as semanas com as pessoas” e “técnicos de terreno, que ajudarão as pessoas a conseguirem perceber o lado tecnológico”.

“Por um lado, podemos referenciar todas as pessoas que estão sozinhas e todos os dias temos oportunidade de saber delas, podemos avaliar o estado das casas das pessoas e, depois, haverá o tal acompanhamento”, sublinhou Ricardo Pocinho.

Na universidade sénior virtual, os idosos “terão acesso a um conjunto de atividades online, em direto ou gravadas”, planeadas especificamente para estimular “funcionalidades físicas e cognitivas” e “competências socioemocionais, no sentido de promover o seu bem-estar, considerando as várias dimensões que o integram”, lê-se em nota enviada à agência Lusa pela associação.

A ANGES realça que os objetivos do projeto são “combater a solidão” e retardar a “deterioração de capacidades inerentes do próprio processo de envelhecimento”, de maneira a “adiar ou evitar a institucionalização”.

Ricardo Pocinho assegura também que serão proporcionados internet e computador “àqueles que nada têm”.

A ANGES é uma associação sem fins lucrativos fundada em 30 de julho de 2012, em Coimbra, com o objetivo de intervir nos planos da Gerontologia Social, procurando promover “um envelhecimento ativo e bem-sucedido, nas suas mais diversas formas”.

A associação tem como fim colaborar com os poderes públicos e privados, nos planos de intervenção relacionados com as organizações sociais, independentemente da tipologia de resposta social.

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